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EMPREGO DE AUTOMONTADOS NO ESTUDO DA CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE FÁRMACOS
Amarildo Prado Junior2 George Barbosa da Silva1
1. Prof. Dr. - Departamento de Matemática - UFMT - George Barbosa da Silva 2. Departamento de Ciencias Biológicas e da Saúde - UFMT
INTRODUÇÃO:O desenvolvimento de técnicas de fabricação de filmes ultrafinos foi impulsionado pela necessidade de se obter estruturas organizadas, com controle de espessura e de propriedades em escala molecular. Os métodos de Langmuir-Blodgett (LB) e de automontagem despontam como os mais promissores neste aspecto, uma vez que permitem “organizar” moléculas individuais em arquiteturas altamente ordenadas, propiciando ainda o planejamento das propriedades finais dos filmes obtidos, por exemplo, através da incorporação de um cromóforo apropriado, grupos funcionais, e variação da espessura das camadas. O desenvolvimento desses sistemas se realiza com o uso de poli-eletrólitos para adsorção das camadas. Pode se utilizar também fármacos como substratado desta técnica para a formação de cápsulas de espessura nano métrica (nano cápsulas) visando o estudo da capacidade de retenção de fármacos em complexos polieletrolíticos, em diferentes proporções de polímeros e pHs. Com o desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos por LbL é possível se manter as concentrações plasmáticas do fármaco na corrente sanguínea por um maior período de tempo utilizando – se das diferentes densidades geradas durante a deposição das camadas e suas diferentes velocidade de degradação com isso aumentando o intervalo das doses ministradas.METODOLOGIA:Utilizou - se o método de deposição de filmes automontados (LBL - layer by layer). Neste caso, a formação das camadas do polímero que irão aprisionar as nanopartículas da droga ocorrerá por adsorções alternadas de polieletrolíticos de cargas opostas, como o alilamina hidroclorada (PAH) e o poliestireno-4-sulfonado (PSS). As camadas de filmes poliméricos ajudam então no controle da entrega, o qual é desejável para qualquer sistema de liberação de fármacos. Um fator que controla a difusão do fármaco para fora da cápsula é a espessura de cada camada do polímero. Através do método de deposição de camadas automontadas é possível ter um rigoroso controle da espessura final da camada de encapsulamento, a qual está diretamente relacionada ao número de deposições e das condições das soluções dos materiais depositados. Para criar uma superfície biocompatível, utiliza-se polietilenoglicol (PEG), muito comum nos processos de liberação de fármacos, o que melhora também o seu direcionamento. Os processos de adsorção dos filmes automontados foram acompanhados por medidas de espectroscopia no ultravioleta visível (UV-Vis).RESULTADOS:Para selecionar a possibilidade de uso de outros polieletrólitos utilizou – se o método de LbL em um substrado sólido de vidro 10mm x 26mm. Estes substratos foram imersos nos polieletrólitos de cargas opostas alternadamente, formando 30 camadas, sendo 15 de PSS(poli estireno 4 sulfonado) e 15 PVS (poli ácido vinil sulfônico). Após a adsorção foi feita a caracterização dos filmes no UV-vis. Para se preparar as nanoparticulas de dexametasona usou – se um processo modificado de solvente evaporação. Este método é usado para fabricar partículas poliméricas de fármaco quando o fármaco é hidrofóbico. A fase aquosa contendo o surfactante é misturada com a fase orgânica contendo o fármaco. Depois o solvente orgânico é evaporado pela homogeneização rápida em condições ambientes. Como a fase orgânica está dividida dentro da fase aquosa, quando a fase orgânica é evaporada as nanopartículas do fármaco são formadas. Neste processo a distribuição dos tamanhos pode ser controlada usando homogeneização super rápida e altas concentrações de surfactante. Como já foi dito, a adsorção por LbL envolve a adsorção alternada da solução de polieletrólitos sobre o núcleo das partículas do fármaco. Utilizando – se então a centrifugação ora do fármaco com o poli – cátion, ora com o poli – ânion. Neste caso, para se ter uma boa biocompatibilidade modifica – se a ultima camada com a adsorção de PEG.CONCLUSÕES:O trabalho está ainda em fase inicial. Os processos de adsorção dos filmes automontados serão acompanhados por medidas de espectroscopia no ultravioleta visível (UV-Vis). Outras técnicas de caracterização, tais como a espectroscopia fotoeletrônica (XPS), espectroscopia de infravermelho e microscopia de força atômica (AFM), também serão utilizadas. Ambas as técnicas são de fundamental importância investigação na identificação dos grupos funcionais, das atividades biológicas e da morfologia dos filmes.
Instituição de fomento: PIBIC-CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave: automontagem, encapsulamento, layer by layer
E-mail para contato: amarildopjr@gmail.com
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