G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil
ATIVIDADES LÚDICAS PARA O PÚBLICO INFANTIL: UMA EXPERIÊNCIA DO GRUPO DE TRABALHO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUSEU DA VIDA
Rosicler Neves1 Marcela Sanches1 Laise Carvalho2 Suzi Aguiar2 Hilda Gomes1 Bianca Reis2, 3
1. Serviço de Visitação e Atendimento ao Público-Museu da Vida/COC/Fiocruz 2. Serviço de Educação em Ciências e Saúde- Museu da Vida/COC/Fiocruz 3. Coordenação do Grupo de Trabalho de Educação Infantil do Museu da Vida
INTRODUÇÃO:O Museu da Vida (MV) da Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz é um espaço de integração entre ciência, cultura e sociedade, que objetiva informar e educar em ciência, saúde e tecnologia de forma lúdica e criativa. O MV é composto por diversas áreas, dentre as quais temos o Serviço de Educação em Ciências e Saúde (SEDUCS), o Serviço de Visitação e Atendimento ao Público (SVAP), o Serviço de Designer e Produtos de Divulgação Científica do MV e a Biblioteca do MV. Durante a implantação do museu, a concepção e estruturação das áreas temáticas foram direcionadas para o segundo segmento do ensino fundamental e para o ensino médio. No entanto, desde a sua inauguração em 1999, o MV recebe um grande número de visitantes entre 3 e 10 anos de idade. Em função da constante demanda por atividades e estratégias específicas para atender o público visitante infantil, o SEDUCS em conjunto com as áreas inicialmente mencionadas formou em 2005 o Grupo de Trabalho de Educação Infantil (GT EI). Desde então, GT EI desenvolve várias ações que possibilitam a superação das dificuldades apresentadas durante o atendimento desse público. Uma das ações desenvolvidas pelo GT EI foi a elaboração de um caderno com propostas de atividades para o público infantil.METODOLOGIA:Considerando a necessidade de atender melhor o público infantil o GT EI apresenta algumas atividades que foram elaboradas e desenvolvidas a partir de uma abordagem histórica, transdisciplinar e construtivista. O GT EI adotou a seguinte metodologia de trabalho: aperfeiçoamento da equipe a partir da participação em minicursos em parceria com a Creche Fiocruz, visitas a outras instituições museais para troca de experiências e a discussão de textos sobre o universo infantil; realização de um diagnóstico para identificar as dificuldades encontradas no atendimento, desde a adequação dos objetos até a linguagem utilizada e mapeamento das experiências já realizadas; análise, discussão e avaliação das atividades em desenvolvimento no SVAP, a partir do diagnóstico das áreas; redimensionamento, proposição e elaboração de novas atividades. Nesta etapa contamos com a contribuição de 12 alunas do Colégio Estadual Heitor Lira – RJ durante seis meses; e, por fim, todas as atividades testadas e avaliadas foram registradas em um caderno de atividades.RESULTADOS:Até o ano de 2005, o MV possuía em sua grade de atendimento um número insuficiente de atividades elaboradas especificamente para o público infantil. Após a formação do GT EI, algumas atividades foram redimensionadas a partir do desenvolvimento e definição de novas estratégias de mediação. Nove atividades foram propostas, dentre estas, duas estão finalizadas, duas estão em fase de desenvolvimento e as demais em fase de teste e avaliação. Os temas desenvolvidos pelas atividades foram: saúde, cidadania e qualidade de vida; prevenção e transmissão de doenças; história da Fiocruz e de seus pesquisadores; educação patrimonial, patrimônio público e a importância de sua preservação; biodiversidade; e, ciência, arte e percepção humana. Todas as atividades têm a intenção de estimular a curiosidade, investigação, experimentação e propõem a desmistificação da ciência e da figura do cientista. A partir da articulação do curso de formação de professores com o GT EI, realizada em 2007, consolidamos a parceria com o Colégio Estadual Heitor Lira. Essa parceria permitirá neste ano de 2008 a participação de 20 alunos como estagiários nas áreas temáticas do MV, com carga horária de 200h.CONCLUSÕES:A elaboração de um caderno de atividades é um importante registro que serve como ponto de partida para um melhor atendimento e como base para a concepção de novas atividades. Identificamos que a construção conjunta de atividades para o público infantil demanda estratégias específicas de mediação em um museu de ciências. A parceria com o Colégio Estadual Heitor Lira possibilitou aos profissionais do MV a contribuição de um olhar de estudantes do ensino formal para o desenvolvimento de atividades para o público infantil. Podemos afirmar que é uma relação de troca que, por um lado, apresenta o trabalho realizado em uma instituição museal com a contribuição da educação não-formal; por outro lado, traz o olhar de quem trabalha com a criança num ambiente de educação formal Podemos afirmar que todas essas reflexões contribuem positivamente no atendimento desse público.
Palavras-chave: educação não-formal, museus de ciência, público infantil
E-mail para contato: rosicler@fiocruz.br
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