60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica

RELAÇÃO ENTRE VAZÃO E ÁREA DAS SUB -BACIAS

Janaina Roberta Cirino1
Pâmela dos Santos1
Jeanine Pinheiro1

1. E.E.B. Júlia Lopes de Almeida


INTRODUÇÃO:
Conhecimento da vazão de um curso d’água é um elemento de destaque não apenas em condições normais, porém principalmente nos períodos de estiagem ou enchentes. Em cada ponto, ela depende da precipitação pluviométrica na bacia hidrográfica acima do mesmo, além de fatores como evaporação, absorção pelo solo, etc. Variações muito bruscas da vazão podem indicar problemas na contenção da água das chuvas, derivadas, por exemplo, de uma insuficiente ou imprópria cobertura do solo e ocasionar, eventualmente, graves prejuízos à população ribeirinha. Assim sendo, um cálculo confiável da vazão, associado a dados fidedignos sobre a área responsável pelo índice determinado, pode fornecer elementos para que se tomem providências adequadas para minimizar os efeitos citados. Uma relação entre vazão e área, muito fora do padrão médio encontrado para o curso d’água, deve ser considerado um sinal de alerta para os responsáveis pela situação.

METODOLOGIA:
Alguns conceitos básicos: VAZÃO: Q = V/t ou Q = A . v ÁREA DE SECÇÃO: área do corte feito transversalmente ao curso d’água e medida através de aferições de profundidade em locais previamente estabelecidos VELOCIDADE: relação entre a distância e o tempo que um flutuador semi-submerso leva para percorrê-la, em diferentes pontos da secção considerada. Variáveis intervenientes: *local escolhido para a secção; *variação da velocidade (num regime não-laminar ou turbulento, a velocidade da água varia conforme a profundidade, distância das margens, ventos favoráveis ou contrários, redemoinhos, dentre outros fatores); *número de pontos para a tomada da profundidade. O procedimento segue os seguintes passos: a) determinação da velocidade média da água num ponto; b) determinação da área da seção no mesmo ponto; c) determinação da vazão através da fórmula transformada; d) calcular a área das sub-bacias à jusante de cada ponto. A seção aparenta ser formada por polígonos, mas seu perfil, no fundo do leito do rio, é uma curva. Quando se substitui uma curva por uma reta, podem ocorrer dois erros: por excesso ou por falta, na área resultante (anexo). Solução para o problema: *Continuar o processo indefinidamente; *Diminuir cada vez mais o intervalo entre dois pontos de medida de profundidade; *Consequentemente, aprimorar a avaliação de cada medida de profundidade; *Ou seja: se a curva que representa o relevo do fundo é uma f(x) e o intervalo entre cada medida é um dx, então temos a área como uma integral definida entre “a” e “b” . As áreas das sub-bacias são calculadas pelos processos a seguir: *Regra de três utilizando peso; *Contagem simples sobre papel milimetrado; *Processo da integração de função polinomial (utilizando programas computacionais, como o EXCEL).

RESULTADOS:
Uma relação entre vazão e área, muito fora do padrão médio encontrado para o curso d’água, deve ser considerado um sinal de alerta para os responsáveis pela situação.

CONCLUSÕES:
Dentre as comunidades ligadas aos problemas do Ribeirão Itoupava, percebe-se que algumas estão mobilizadas para enfrentá-los; infelizmente, em outros casos, esta consciência não existe, pensando-se que, em nome de um distorcido conceito de "progresso", tudo seja permitido, sem uma visão de longo prazo sobre as conseqüências, quiçá irreversíveis, que algumas agressões hoje efetivadas contra um curso dágua, podem provocar. Como participantes de um estabelecimento de ensino, acredita-se que o mesmo deve inserir-se como parte interessada no levantamento desta problemática e na busca de soluções alternativas adequadas para o caso. Ora, uma das prioridades de uma escola, reconhecida por todos é que os alunos saiam da mesma como cidadãos atentos as questões do meio ambiente, e com a competência necessária e suficiente para auxiliar no seu equacionamento, não só através das formas que a atual organização social coloca à disposição, mas, principalmente, pela criação de formas novas, diferenciadas, que as contingências futuras, certamente, estarão a exigir. O trabalho mostra que, mesmo com parcos recursos e metodologia simples, é possível contribuir para o conhecimento do meio e conscientização quanto à necessidade de sua conservação.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  vazão;, velocidade;, área

E-mail para contato: pamisantos@bol.com.br