60ª Reunião Anual da SBPC




D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem

PEDAGOGIA HOSPITALAR: DISCUTINDO A UTILIZAÇÃO E RELEVÂNCIA DE RECURSOS LÚDICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR

FRANCINE RODRIGUES1
FABIANA CHINALIA2

1. Graduada em Pedagogia - FESL/Jaboticabal
2. Profª. Ms. - Departamento de Pedagogia - FESL/Jaboticabal


INTRODUÇÃO:
A educação da criança enferma é assunto complexo e que vem ganhando uma maior repercussão desde a última década de noventa do século XX. Trazendo grandes discussões, nas áreas da saúde e da educação, suscita a relevância de que o desenvolvimento das crianças não deve ser interrompido em função de uma hospitalização, ou seja, elas necessitam de educação. Por isso, a Pedagogia Hospitalar se faz necessária nesse espaço, já que contribuirá não só para com a continuidade educacional das crianças, bem como auxiliará em seu processo de reabilitação. Nesse sentido, é objetivo desse estudo discutir e analisar acerca de semelhanças e controvérsias sobre os conceitos de Classe Hospitalar e Pedagogia Hospitalar, bem como evidenciar que a criança hospitalizada deve ser vista integralmente, considerando-se dessa forma suas necessidades físicas, psíquicas e sociais. Portanto, a temática em questão faz-se relevante já que evidencia a preconização que em momento algum se deve ignorar o fato de que uma criança possa receber um atendimento escolar dentro do hospital, já que traz uma proposta educacional cujo objetivo é oferecer continuidade às atividades educativas, envolvendo o lúdico, e sempre articulando esses conceitos com a atual realidade da criança.

METODOLOGIA:
Para a realização desse estudo recorremos à pesquisa bibliográfica, em que realizamos uma revisão da literatura, momento em que pudemos verificar o número restrito de publicações sobre esse assunto. Também apresentamos e discutimos os documentos legais que amparam tal proposta pedagógica.

RESULTADOS:
Com base na literatura analisada evidenciamos que a Pedagogia Hospitalar traz em seu cerne a continuidade às atividades educativas. Não se apega somente nos conteúdos escolares, mas compreende que a criança deve ser vista integralmente, levando-se em conta suas necessidades físicas, psíquicas e sociais. Em relação à Classe Hospitalar, pudemos averiguar que se trata de um espaço pedagógico dentro do hospital com propostas educativo-escolares para crianças e adolescentes, funcionando, portanto, como uma forma de impedir que um aluno em processo de escolarização perca o ano letivo devido a uma eventual internação. A teoria estudada aponta ainda que, em muitas situações, a criança se identifica com a brincadeira, e torna sua realidade menos sofrida. Com base nessa constatação, defendemos a idéia de que o pedagogo hospitalar deve fazer uso de recursos pedagógicos tais como: o brincar, o desenhar, como suporte/estratégia para obter um bom desempenho no seu trabalho dentro do hospital. Pois, afinal, brincando também se aprende. Em relação às questões documentais que amparam tal proposta, fica evidente que apenas a garantia de direitos não é suficiente, já que, se o período de internação for pequeno não há tempo para se iniciar um trabalho com uma proposta educacional fiel, como carece a Classe Hospitalar. Ao mesmo tempo, fica evidente que opoturnizar um espaço, bem como um profissional da educação no hospital para que a criança possa realizar atividades lúdico-pedagógicas é extramente importante para sua saúde física, intelctual e emocional.

CONCLUSÕES:
Em suma, pudemos concluir que apesar das lacunas existentes em relação à melhor maneira de se promover educação no ambiente escolar, fica evidente que oportunizar educação escolar às crianças hospitalizadas é uma realização humanitária. Também concluímos que a utilização de recursos lúdicos como metodologia didático-pedagógica no ambiente hospitalar favorece não só a cognição dessas crianças, como também contribui para com seu quadro clínico, reforçando a perspectiva de que a realização de um trabalho integrado entre a saúde e a educação pode atenuar o período de internação da criança enferma, bem como facilitar e garantir seu processo de escolarização, apesar da enfermidade. Dessa forma, a importância de um educador no ambiente hospitalar e seus respectivos papéis, não deve ser confundida com a dos demais profissionais envolvidos no tratamento à criança em hospitais, apesar de ser importante que o educador realize o seu trabalho em conjunto, e não individualmente. Faz-se importante lembrar que, para que isso aconteça , é de extrema importância a conscientização dos profissionais envolvidos nesse campo atuação, pois há muitos aspectos que ainda são desconhecidos.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Pedagogia hospitalar, escolarização, atividades lúdicas

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