D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 3. Clínica Médica
ESTUDO DA REATIVIDADE VASCULAR CEREBRAL EM PORTADORES DE DEFICIÊNCIA ISOLADA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO
Juliane Dantas Seabra1 José Augusto Soares Barreto-Filho1 Ricardo Emanuel de Oliveira Ramos1 Hyder Aragão de Melo1 Manuel Hermínio de Aguiar Oliveira1
1. UFS/DME
INTRODUÇÃO:O hormônio do crescimento e o fator de crescimento insulina-like(IGF-1) participam da regulação fisiológica de vários mecanismos implicados direta ou indiretamente no risco cardiovascular tais como controle da pressão arterial, metabolismo lipídico e reatividade vascular. Estudos têm sugerido que portadores de deficiência isolada do hormônio do crescimento (DIGH) apresentam aumento da morbimortalidade cardiovascular e cerebrovascular. Este trabalho visa investigar o padrão de fluxo arterial cerebral em repouso e avaliar a reatividade vascular cerebral em portadores DIGH durante a manobra de apnéia voluntária (estímulo vasodilatador dióxido de carbono dependente),através do Doppler Transcraniano.METODOLOGIA:Seis pacientes adultos (>18 anos) com deficiência monogênica isolada do hormônio de crescimento decorrente da mutação no receptor do GHRH(grupo GHD). Para efeito comparativo, foram avaliados 9 voluntários considerados normais (grupo CO). Por intermédio do Doppler Transcraniano obtendo amostras na artéria cerebral média foram avaliados a velocidade do fluxo sangüíneo (VM), o índice de pulsatilidade (IP) e o pico sistólico (PS) durante o período de repouso e durante a manobra de apnéia voluntária. Além disso, foram analisadas variáveis clínicas e bioquímicas.RESULTADOS:Ambos os grupos tiveram resultados semelhantes nas variáveis clínicas e laboratoriais. Durante a manobra de apnéia voluntária, a VM aumentou significativamente em ambos os grupos, porém o grupo GHD exibiu resposta atenuada (p<0.01). O mesmo ocorreu com o pico sistólico (p<0.01). O comportamento do IP não diferiu entre os grupos (p=0.17).CONCLUSÕES:Esses dados podem sugerir que a reatividade vascular cerebral no grupo GHD está diminuída frente a um estímulo fisiológico, pois não houve aumento no fluxo sanguíneo e diminuição da resistência vascular. Estes achados podem estar explicar a maior morbimortalidade cardiovascular dos pacientes com DIGH.
Instituição de fomento: PIBIC/CNPQ
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave: Deficiêcia isolada de GH, Reatividade vascular, Risco cardiovascular
E-mail para contato: julianeseabra@gmail.com
|
|