A. Ciências Exatas e da Terra - 5. Matemática - 5. Probabilidade e Estatística
TÉCNICAS DE ANÁLISES ESTATÍSTICAS APLICADAS A PRÁTICAS
DE ATIVIDADES FÍSICAS
Elisângela da Silva Rodrigues1 Rodrigo Lins Rodrigues1 Fábio Azevedo de Souza1 Manoel Rivelino Gomes de Oliveira1 Carlos Alberto Alves da Silva1
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA/DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA E COMPUTAÇÃO
INTRODUÇÃO:A implantação do Programa Campina Bem Estar na cidade de Campina Grande – PB, a partir de 2006, tem atendido a população que tem como prática de exercício diário a caminhada, orientando-os sobre a forma correta e sobre os cuidados que se deve tomar quanto a prática de exercícios físicos. Para que os caminhantes tenham uma melhor orientação, se fez necessário conhecer as características dessa população, daí a importância de realizar um estudo estatístico, com base nos dados coletados através da aplicação de um questionário e, a partir dos resultados obtidos traçar um perfil dos caminhantes, para esse estudo foi selecionados 351 indivíduos para a amostra de uma população composta por 1792 caminhantes.METODOLOGIA:Abordamos Técnicas de Amostragem, Análise do Questionário, técnicas estatísticas do tipo Descritivas, Inferências e Análise Multivariada, descrevendo características das variáveis, Sexo, Idade, Peso, Altura, Percentual de gordura, Peso gordura, Índice de massa corpórea, Pressão diastólica e Pressão sistólica. Utilizou-se duas técnicas de amostragem, a estratificada que foi usada inicialmente para dividir a população em sub-populações (estratos), esse método consistiu em especificar quantos itens da amostra deveriam ser retirados de cada estrato, a segunda técnica foi a amostragem probabilística dentro de cada estrato para garantir que cada elemento da população a ser escolhido teria a mesma probabilidade de ser sorteado entre os demais, obtendo-se assim os pólos de caminhada, Juscelino Kubitschek, Parque da Criança e Canal de Bodocongó. O instrumento utilizado para a pesquisa foi um questionário, no qual se realizou um estudo criterioso sobre a elaboração e reformulação do conjunto de perguntas contidas no mesmo. Além disso, aplicou-se um Teste de Hipótese comparando as populações em estudo e a Análise de Componentes Principais para saber se existe correlações entre as variáveis medidas. Para a analise dos dados foi utilizado o software estatístico SPSS 13,0.RESULTADOS:As análises descritivas iniciais apontaram que (50,3%) dos caminhantes tem altura entre 1,50 e 1,60 metros e peso médio de 68,4 kg com (DP=14,16), com relação ao índice de massa corpórea os dados mostraram que (42,60%) tem obesidade classe I seguido de excesso de peso (36,50%) contra (5,2%) de pessoas consideradas com peso normal. Através da analise multivariada, obteve-se assim as componentes principais. Pelo critério da variância total explicada, a solução mais adequada foi utilizar as 5 componentes principais, com autovalores 3,23; 1,454; 1,382; 0,975 e 0,787 respectivamente, as quais realmente explicam 86,98% da variância total. Após essa análise inicial, utilizamos o critério do Scree Plot, para verificar a variância total e obtiveram-se dois grupos: (1)Variáveis fraca e negativamente correlacionadas, que são Sexo do Usuário X Pressão Diastólica (corr. = -0,16), Altura do Usuário X Pressão Diastólica (corr. = -0,17) e (2) Variáveis positiva e fortemente correlacionadas que foram, Índice de Massa Corporal IMC X Percentual de Gordura (corr. =0,592), Índice de Massa Corporal IMC X Peso de Gordura (corr. =0,646), Peso do Usuário X Índice de Massa Corporal (coar. =0846). Foram usados os testes de Esfericidade de Bartlett’s e a Estatística de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO).CONCLUSÕES:Técnicas estatísticas constituem uma parte integral da pesquisa cientifica, utilizada para obter resultados referentes a indivíduos, e tem sido regulamente aplicada em varias investigações científicas principalmente na área da educação física. Dos resultados obtidos verificamos fortes correlações entre o índice de massa corpórea dos caminhantes relacionada ao percentual de gordura, o que justificou que 42,60% dos mesmos se encontram na categoria de obesidade I, concluímos que não existe correlação significativamente estatística entre o sexo e a pressão arterial dos caminhantes, por tanto a variável sexo nesse estudo não influenciou na pressão arterial do indivíduo. Foi possível discutir que o questionário deve ser revisado e melhorado de acordo com os objetivos do Programa sendo necessário uma seqüência lógica das perguntas e a verificação da utilização das mesmas para melhor entendimento dos entrevistados e a aplicação do instrumento em pesquisas futuras.
Palavras-chave: inferência, multivariada, correlação
E-mail para contato: elysangela.r@hotmail.com
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