60ª Reunião Anual da SBPC




D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia

INCIDENCIA DE POLIFARMACIA NA GERIATRIA: UMA VISAO MULTIPROFISSIONAL

Luiz Henrique Martins de Oliveira1
Marcell Luiz Borges Porto1
Guilherme Simao Gontijo SIlva1
Niara Maria Braga Siqueira1
Milton Rafael Olimpio dos Santos1
Roberta Xavier Bruno2

1. Faculdade de Minas - FAMINAS
2. Professora Faculdade de Minas - Faminas


INTRODUÇÃO:
A polifarmacia tem sido classificada por alguns autores como o uso concomitante de cinco ou mais medicamentos clinicamente indicados. Medicamentos sao utilizados para tratar e reduzir a morbidade associada a diversas doencas. Entretanto, o uso indiscriminado e excessivo dessas drogas pod expor pacientes a efeitos colaterais desnecessarios e interacoes medicamentosas potencialmente perigosas. O idoso possui duas a tres vezes mais chances de sofrer reacoes adversas a drogas do que os jovens. Estima-se que no Brasil, a populacao de idosos totaliza-se em 23%, e estes consomem 60% da producao nacional de medicamentos. O objetivo desta pesquisa e avaliar a incidencia de polifarmacia em idosos institucionalizados e determinar o grupo medicamentoso mais prevalecente.

METODOLOGIA:
A pesquisa foi realizada através da coleta de dados de prescrições medicas, das quais foram utilizadas 204 destas, por 49 idosos residentes do Lar Ozanan, na cidade de Muriae-MG, com idade entre 50 a 82 anos, no período de maio a junho de 2006.

RESULTADOS:
A classificação dos medicamentos foi feita, de acordo com a Anatomical-Therapeutical-Chemical Classification System, de acordo com seu uso sobre as respectivas patologias; cardíacas (antihipertensivos, diuréticos, antiarritmicos, beta bloqueadores, cardiotonicos e hipocolesteromiantes) sendo sua incidência de 36,76% do total de polifarmacias; destinados a doenças neurológicas (anticonvulsivante, antihipnoticos, antipsicoticos, antidepressivos, neurolepticos, vasodilatadores) obtiveram 24,01%; o grupo pertencente aos analgésicos, recebendo 29,41% ; os designados distúrbios gástricos (hipersecreção gástrica), com 6,37%; os outros com efeito hipoglicemiante com 1,96% e os antibióticos para doenças infecciosas, com 1,47%. Com classificação destas doenças nestes grupos, alem de agrupá-las, tivemos a estimativa da utilização de medicamentos por idosos para combatê-las, sendo possível a visualização dos seguintes resultados: foram utilizados 75 medicamentos para o combate das doenças cardíacas, 49 medicamentos para as neurológicas, 60 medicamentos para dores em geral (analgésicos), 13 medicamentos para as gástricas, 3 medicamentos para as infecciosas e 4 medicamentos para as diabéticas. E ainda o mais importante e objetivo do trabalho, observou-se a presença de Polifarmacia em 48,97% dos idosos, sendo esta, ocorrência de 5 ou mais medicações.

CONCLUSÕES:
Concluimos com esta pesquisa que a maioria dos idosos possui risco sobre o excessivo numero de medicamentos atrapalhando um futuro diagnostico, pois pode se confudir os sintomas destas possiveis interacoes, dadas como uma nova patologia manifestada pelo paciente. Queremos, com este, expor os possiveis perigos de uma ma indicacao medicamentosa.

Instituição de fomento: Faculdade de Minas - FAMINAS

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Polifarmacia, Idosos, Farmacos

E-mail para contato: marcellporto@hotmail.com