G. Ciências Humanas - 7. Educação - 17. Planejamento e Avaliação Educacional
A PRÁTICA AVALIATIVA DOS PROFESSORES DO CURSO DE PEDAGOGIA DO CESC/UEMA, EM CAXIAS-MA.
Juliana Faúla Magalhães2, 1 Cacilda Figueiredo Neri de Aguiar3
1. Universidade Estadual do Maranhão - UEMA 2. Departamento de Educação - UEMA 3. Profa. Ms. - Departamento de Educação - UEMA - Orientadora
INTRODUÇÃO:Habitualmente, quando se fala em avaliação, se pensa nos resultados obtidos pelos alunos. Os professores, as instituições, os pais e próprios alunos se referem à avaliação como instrumento ou o processo para avaliar o grau de alcance de cada um, em relação a determinados objetivos previstos nos diversos níveis escolares. Os teóricos em avaliação tem com suas críticas para a concepção da importancia da interação do ato de avaliar como o de educar na denúncia da função seletiva e discriminatória de notas e conceitos.
Para Hoffmam(2003),a avaliação é a reflexão transformada em ação,que impulsiona as novas reflexões.Reflexão permanente do educador sobre a realidade e acompanhamento passo a passo, do educando na sua trajetória da construção do conhecimento.
Na verdade, observa-se que a mudança na escola, na universidade, consequentemente na avaliação, torna-se difícil, pois, como explica Luckesi (2005), para cumprir seu verdadeiro significado deve assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária pra que isso aconteça é a de que a avaliação deixe de ser utilizada como recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
METODOLOGIA:Foi desenvolvida uma pesquisa de campo do tipo qualitativo-quantitativa, sendo dividida em duas etapas. A primeira etapa foi a realização da fundamentação teórica de natureza bibliofráfica, a fim de obter informações necessárias à compreensão e explicação dos instrumentos avaliativos. A segunda etapa foi a aplicação de questionário aberto-fechado, no total de 10 questões, com o intuito de coletar dados que contraste com os fatores explicitados na fundamentação teórica. A investigação foi realizada no Centro de Estudos Superiores de Caxias, Maranhão. A amostra foi constituída de 74 alunos do curso de Pedagogia, representando 62% do total de alunos do curso e com os professores do curso, a fim de confrontar com as respostas dos alunos.RESULTADOS:Pode-se afirmar que os intrumentos avaliativos mais utilizados no curso de Pedagogia do CESC/UEMA, são: prova dissertativa, seminário e auto-avaliação. Os alunos acreditam que os intrumentos avaliativos utilizados pelos professores não refletem o grau de aprendizagem, portanto, gostariam que eles utilizassem outro instrumento. No entanto, seus professores, apesar de, também afirmarem que os intrumentos que utilizam em sua prática, não revelam o grau de aprendizado dos seus alunos, eles estão satisfeitos com tais instrumentos.
Alunos e professores afirmam que, no momento da avaliação, os professores citam os critérios que irão adotar e após realizada a avaliação, comenta sobre os resultados obtidos. Porém, os alunos do 2º e 3º período, quando questionados sobre os problemas da avaliação, acreditam que devem se dedicar mais. Já os professores têm consciência de que os resultados da avaliação também são um reflexo de sua prática.
Os alunos do 6º período afirmam que irão utilizar em sua prática, a avaliação diagnóstica, mostrando não saber a dewfinição dessa função da avaliação. Quanto aos professores, a maioria caracteriza a avaliação adequadamente, mas há ainda aqueles que acreditam que a avaliação é um instrumento de aferição da aprendizagem.CONCLUSÕES:Compreende-se que os instrumentos/técnicas avaliativas não estão permitindo ao professor a observação precisa e individualizada do desenvolvimento e competência dos alunos. O processo de ensinar e aprender se faz a partir de alguns princípios básicos para o exercício da docência: planejar, definir objetivos, conteúdos, técnicas/instrumentos de avaliação, dentre outras ações.
Assim, é necessária a compreensão de a técnica avaliativa deve ser utilizada e adequada aos instrumentos e aos objetivos educacionais. Os professores têm essa consciência, como pôde-se observar em suas respostas, mas essa concepção não está sendo passada para os alunos. Percebe-se isso de forma clara quando os alunos afirmam acreditar que os problemas da avaliação estão neles mesmos.
Afirma-se contudo, que apesar de alguns avanços alcançados no que diz respeito à avaliação formativa, “o saber fazer” e a prática dos professores ainda se distanciam muito. A avaliação da aprendizagem não é um ato pedagógico isolado, mas sim um ato integrado com todas as outras atividades pedagógicas. A idéia errônea de que a avaliação é realizada no momento final do processo ensino-aprendizagem e que está relacionada apenas com o conhecimento do aluno, continua impregnada na concepção dos alunos e de alguns professores.
Instituição de fomento: BIC-UEMA
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave: Avaliação, Instrumentos, Aprendizagem
E-mail para contato: jujufaula@hotmail.com
|
|