Coordenador: Carlos Oití Berbert (MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia) Palestrantes/Debatedores: Avílio Antônio Franco (MCT), Luiz Fernando Scheibe (UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina), Manoel Barretto (CPRM – Serviço Geológico do Brasil), Maria Cordélia Machado (MCT), Nely Palermo (SBGeo – Sociedade Brasileira de Geologia), Peter Mann de Toledo (SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), João Carlos Simancke (ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas), Diógenes Almeida Campos (DNPM – Departamento Nacional da Produção Mineral). Participantes na platéia: máximo de 40 pessoas O Coordenador do Encontro abriu a reunião expondo os objetivos do Ano internacional do Planeta Terra, assim Proclamado pela ONU para ocorrer em 2008, iniciando-se em janeiro de 2007 e terminando em dezembro de 2009: a) demonstrar o grande potencial das Ciências da Terra na construção de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada; e b) encorajar a sociedade a aplicar este potencial mais eficientemente, em seu próprio benefício. Em seguida discorreu sobre os dois focos nos quais as atividades inseridas no contexto acima deverão se desenvolver: Programa Científico e Programa de Divulgação, ambos contendo os seguintes elementos essenciais: base em geociências, escopo global, holístico e multidisciplinar, impacto humano integral, potencial para aplicação em países em desenvolvimento, potencial para efetiva divulgação e extensão, essencialmente bottom up. Ambos os Programas ainda deverão abranger 10 temas científicos selecionados por 23 cientistas do mundo todo indicados pela IUGS - União Internacional das Ciências Geológicas e Unesco: 1) água subterrânea; 2) desastres naturais; 3)Terra e saúde; 4) clima; 5) recursos naturais e energia; 6) megacidades; 7) da crosta ao núcleo da Terra; 8) oceanos; 9) solos; 10) Terra e vida. Cada palestrante fez breve exposição sobre a sua área de atuação e da sua instituição e, em uma primeira rodada de debates, trouxeram importantes idéias para o bom desenvolvimento das atividades do AIPT no Brasil. Ao final, todos concordaram que: 1. O Ano Internacional do Planeta Terra constitui-se em oportunidade única para a realização de atividades científicas e de divulgação das Ciências da Terra junto e para o benefício da sociedade em geral; 2. Deve-se procurar o máximo apoio de todas as associações, sociedades, e instituições e empresas governamentais ou não que atuam nas diversas áreas das geociências abrangidas nos temas sugeridos pela IUGS e Unesco, no sentido de promoverem atividades científicas marcantes, bem como maciça divulgação da importância das Ciências da Terra para a sociedade, junto a governantes, políticos e decision makers; 3. Entre tais instituições ressaltam a SBPC, a SBGeo, a ABAS, a CPRM, o DNPM, a Petrobrás, o INPE – Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais e o Inmet – Instituto Nacional de Meteorologia, a SBGf (Sociedade Brasileira de Geofísica), a SBGq (Sociedade Brasileira de Geoquímica), a SBP (Sociedade Brasileira de Paleontologia), a ABRH (Associação Brasileira de Recursos Hídricos), a Sociedade Brasileira de Geografia, a ABC - Academia Brasileira de Ciências, o IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração, os Institutos e Departamentos de Geociências e Ciências correlatas das Universidades e Centros de Pesquisa, a Finep –Financiadora de Estudos e Projetos, o CNPq –Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, entre outras; 4. O Programa Científico a ser desenvolvido deverá abranger não só novos Projetos, mas também Projetos em execução que tenham as características sugeridas pela IUGS/Unesco, podendo, assim, se aprovados, conter a logomarca específica do Ano Internacional do Planeta Terra; 5. A aprovação dos Projetos, especialmente aqueles candidatos a financiamento parcial pela IUGS/Unesco, deve ser feita por Comitê Nacional, constituído das principais instituições, empresas, associações, sociedades etc envolvidas em geociências. Esse Comitê deverá ter como apoio 10 Comitês Temáticos correspondentes às subáreas selecionadas pela IUGS/Unesco; 6. O Programa de Divulgação deve utilizar todos os meios possíveis, incluindo, além de outros, revistas, boletins, jornais técnico-científicos, “blogs” eletrônicos, matérias jornalísticas, programas televisivos (em especial os relacionados ao MEC e os de caráter científico e educativo), seminários, simpósios, congressos, e, em particular, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (que ocorre, por Decreto Presidencial, anualmente no mês de outubro) e sessões especiais das Assembléias Legislativas e Congresso Nacional; 7. A iniciativa do projeto “Caminhos Geológicos” promovido pela SBGeo e o DRM - Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro constitui-se em um excelente meio de divulgação das geociências junto à sociedade, criando um novo campo que começa a ser explorado: o geoturismo, já praticado em várias partes do mundo; 8. Esforço especial das instituições, associações, sociedades da área deve ser feito junto às escolas dos 1°e 2°graus, no sentido de se fazerem incluir palestras e aulas relacionadas aos temas geocientíficos e a proclamação do AIPT como agente conscientizador de sua importância para o dia-a-dia do ser humano; 9. Conversações devem ser entabuladas junto ao MCT (Finep e CNPq) no sentido de se verificar a possibilidade de financiamento de projetos inseridos no contexto do AIPT, através de editais e/ou encomendas dos Fundos Setoriais. Por fim, os palestrantes/debatedores do Encontro Aberto ratificaram o apoio e adesão de suas instituições ao Ano Internacional do Planeta Terra, reconhecendo a importância e efetividade da reunião e agradecendo à SBPC a oportunidade oferecida, através de seus Diretores Peter Mann de Toledo e Lisbeth Cordani, mentores do convite para sua realização nesta 58ª Reunião Anual da Sociedade. Brasília, agosto de 2006 Carlos Oití Berbert Coordenador do Encontro Aberto Conselheiro Sênior do AIPT junto à IUGS e Unesco