D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 5. Farmacognosia |
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ESTUDO PRELIMINAR DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DAS FOLHAS DE Cayaponia podantha Cogn. (CUCURBITACEAE) |
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Thais Fedatto Abelha 1 |
Lilian Tatiani Dusman 2 |
Willian Ferreira da Costa 2 |
Maria Helena Sarragiotto 2 |
Maria Conceição de Souza 3 |
Maria da Conceição Torrado Truiti 1 |
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(1. Departamento de Farmácia e Farmacologia/DFF da Universidade Estadual de Maringá; 2. Departamento de Química/DQI da Universidade Estadual de Maringá; 3. Departamento de Biologia/DBI da Universidade Estadual de Maringá) |
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INTRODUÇÃO: |
A planície alagável do alto Rio Paraná apresenta elevada diversidade de espécies vegetais vasculares e a grande maioria não foi ainda estudada cientificamente. Cayaponia podantha Cogn. (Cucurbitaceae) é uma espécie nativa da região, popularmente conhecida como melãozinho, melanciazinha, taiuá, tajujá e melancia-de-pacu. Algumas espécies do gênero Cayaponia, têm sido usadas na medicina caseira, como exemplos podemos citar C. espelina (diurética, anti-asmática, anti-sifilítica, anti-diarréica, purgativa etc.), C. cabocla (purgativa, depurativa e emenagoga) e C. pilosa (emenagoga, anti-sifilítica e purgativa). Estudos preliminares da atividade biológica de C. podantha demonstraram atividade antiinflamatória e antiprotozoário (anti- Leishmania braziliensis e anti- Trypanosoma cruzi). A pesquisa com espécies vegetais como a C. podantha, evidenciam a importância da preservação da diversidade biológica, para que seja possível o reconhecimento da diversidade química presente na flora nativa, já que é de grande interesse a busca por componentes químicos bioativos. A procura por substâncias seqüestradoras de radicais livres tem sido crescente, devido à participação dos mesmos no estresse oxidativo presente na patogênese de várias doenças. Com o objetivo de contribuir para um maior conhecimento das propriedades biológicas de C. podantha foi avaliado o potencial antioxidante do extrato bruto das folhas e frações pelo método do radical livre DPPH (difenilpicril hidrazil). |
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METODOLOGIA: |
O material vegetal foi coletado em março de 2000, na margem direita do Rio Ivinhema, Município de Jatei (MS). O extrato etanólico, das folhas secas e moídas, foi obtido por percolação, sendo o solvente removido posteriormente, em evaporador rotativo. O extrato etanólico foi dissolvido em metanol:água 1:1 e particionado em hexano e acetato de etila, resultando nas frações hexano, acetato de etila e hidrometanólica. A atividade antioxidante do extrato bruto e das frações foi avaliada pelo método fotocolorimétrico do radical livre estável DPPH. Para tanto, as amostras (20,0mg) foram dissolvidas em metanol (10mL) e diferentes concentrações foram adicionadas a uma solução de DPPH (4,7mg em 75mL metanol). O grau de inibição foi determinado pelo descoramento da solução de DPPH. O valor da absorbância foi medido em 515,5 nm, em espectrofotômetro UV. A porcentagem de inibição foi calculada pela equação I % = (A0 – A1/A0).100%, sendo A0 a absorbância da solução de DPPH e A1 a absorbância da solução de DPPH na presença das amostras. O antioxidante butil-hidroxi-tolueno (BHT), foi utilizado como padrão e os ensaios foram realizados em triplicata. |
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RESULTADOS: |
Dentre as amostras avaliadas, a fração acetato de etila foi a que deu os melhores resultados, em relação à capacidade sequestradora do radical livre DPPH, apresentando IC50 de 100,5 mg/mL. O extrato etanólico e a fração hidrometanólica, que também demonstraram atividade antioxidante pela metodologia empregada, apresentaram IC50 de 232,4 mg/mL e 269,2 mg/mL, respectivamente, enquanto que o potencial antioxidante verificado para a fração hexano foi fraco, IC50 507,6 mg/mL. |
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CONCLUSÕES: |
Nos últimos anos, muitas pesquisas têm sido desenvolvidas com o propósito de avaliar a eficácia e segurança do uso de plantas ou de seus metabólitos para a prevenção ou tratamento de várias doenças, muitas delas envolvendo radicais livres. Os resultados obtidos justificam o prosseguimento com o estudo desta planta, em especial da fração acetato de etila que revelou o melhor potencial antioxidante. Estudos fitoquímicos com espécies do gênero Cayaponia têm demonstrado a presença de cucurbitacinas, predominantemente encontradas na família Cucurbitaceae, e flavonas, que são classes de compostos com amplo espectro de atividade biológica, dentre as quais a atividade antioxidante. O estudo químico do extrato bruto e das frações já está sendo realizado. |
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Cayaponia podantha; atividade antioxidante; DPPH. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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