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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 1. Físico-Química
INTERAÇÕES ALUMÍNIO-ORNITINA E ALUMÍNIO-LISINA
Vania Regina Gabbi Polli 1
Denise Bohrer do Nascimento 2
(1. Departamento de Física - CCNE - Universidade Federal de Santa Maria; 2. Departemetno de Química - CCNE - Universidade Federal de Santa Maria)
INTRODUÇÃO:

Os frascos de vidro contêm em média 1,57% de alumínio e as tampas de borracha 4,8%. O alumínio presente no vidro e nas tampas de borracha pode ser extraído para a solução em contato com os mesmos, tanto durante a esterilização, quanto durante a armazenagem; este processo ocorre somente para algumas espécies em solução. Estudos têm mostrado que o alumínio existe como contaminante das soluções de nutrição parenteral, devido a interação existente entre o alumínio e os aminoácidos que são componentes destas soluções. Para elucidar o processo de contaminação pelo alumínio das soluções de nutrição parenteral, supondo extração do metal do vidro e da tampa pelos aminoácidos constituintes destas soluções (ornitina e lisina), com formação de complexos, foram estudadas as interações alumínio-ornitina e alumínio-lisina através de cálculos de constantes de estabilidade (log b) dos complexos formados em solução aquosa.

METODOLOGIA:

O estudo do processo de complexação foi realizado através de titulações potenciométricas de soluções aquosas de ornitina (18,2 mM) e lisina (10,0 mM), separadamente, com e sem AlCl3 na proporção de 1:1, com KOH 85,0 mM e 100,0 mM, respectivamente, em meio iônico constante 0,1 M com KCl. O tratamento dos dados obtidos foi feito usando um programa computacional, BEST, próprio para determinação de constantes de estabilidade e obtenção de diagramas de equilíbrio das espécies formadas.

RESULTADOS:

Observou-se deslocamento nas curvas de titulação do metal mais ligante em relação as curvas de titulação do ligante puro, indicando a formação de complexos. Das curvas de titulação potenciométrica foi retirada a proporção metal:ligante predominante em solução (1:1). Após os cálculos usando o programa computacional BEST, os valores das constantes de estabilidade (log b) obtidos para os complexos formados em solução aquosa entre os ligantes ornitina e lisina, separadamente, com o íon alumínio foram 7,52 e 3,9; respectivamente.

CONCLUSÕES:
A partir dos resultados obtidos (log bornitina >  log blisina) pode-se concluir que os complexos formados são estáveis, na proporção metal:ligante de 1:1 e que a ornitina deve extrair mais alumínio do vidro e da tampa dos recipientes que os contém,  do que a lisina.
Instituição de fomento: UFSM
 
Palavras-chave: alumínio; lisina; ornitina.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006