| G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 11. Psicologia Social |
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A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO |
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| João Paulo Nogueira de Noronha 1 |
| Lígia dos Santos Ferreira 2 |
| Michelly Cunha Oliveira dos Santos 2 |
| Cleidiana Ferreira de Paulo Sá 2 |
| Luciana Nunes Elias 2 |
| Nilma Figueiredo de Almeida 3 |
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| (1. Graduando do Instituto de Psicologia da Univerisdade Federal do Rio de Janeiro; 2. Graduanda do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; 3. Profa. Dra. do Departamento de Psicometria do Instituto de Psicologia - UFRJ) |
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| INTRODUÇÃO: |
O conceito de stress foi primeiramente descrito por Seyle, em 1956, que o definiu como sendo, essencialmente, o grau de desgaste total causado pela vida. No século XVII, o termo foi utilizado por Robert Hooke, para designar uma pesada carga que afeta uma determinada estrutura física. Todavia, se alguém for perguntado na rua, sobre “o que é o estresse?”, certamente, o definiria, como um desequilíbrio nervoso ou emocional causado por pressões e dificuldades do cotidiano. Na realidade, o que a maioria não sabe, é que o estresse funciona como “motivador” de um indivíduo em busca de suas realizações. Outro fato interessante é que não só o excesso de stress é prejudicial a um indivíduo, causando a manifestação de doenças, como também a sua falta, levando à formação de um ser acomodado e despreparado para os desafios diários. Ao associarmos envelhecimento e stress, vimos a nossa reflexão tender para a questão da longevidade combinada a o bem-estar psico-físico: O que pode ser feito para assegurar um envelhecimento saudável num país como o Brasil, cuja expectativa de vida tende aumentar a cada década? Segundo dados do IBGE, em 1970, era de 59 anos; em 1990, de 61 anos; e projeta-se para 2010 se viver até 71 anos em média. Isso significa um aumento crescente deste grupo. Logo, significa também o aumento da necessidade de promoção de uma melhor qualidade de vida para os idosos. O objetivo de nossa pesquisa é verificar até que ponto a qualidade de vida pode ser influenciada pelo stress. |
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| METODOLOGIA: |
Inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico. Selecionamos uma amostra composta por sessenta idosos, na faixa etária de sessenta à setenta e cinco anos de idade, das quais trinta, eram mulheres e trinta, eram homens. Todas estas pessoas se declararam pertencentes à classe média, com nível de escolaridade médio ou superior, e moradoras da cidade do Rio de Janeiro. Foi elaborado e aplicado um questionário misto aos idosos. |
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| RESULTADOS: |
Entre os idosos, 39% consideram-se estressados, todos acham que o estresse interfere no dia-a dia e gostariam de não senti-lo; entre as idosas, 71% consideraram-se estressadas. Destas, 66% acham que o estresse interfere consideravelmente no seu dia-a-dia e gostariam de não senti-lo. As causas do estresse mais freqüentes em idosos são: situação do idoso no país (37%), ser contrariado (30%), medo da morte (22%), doenças (11%); nas idosas são: falta de dinheiro (39%), solidão (25%), ser contrariada (18%), doenças (9%) e muito trabalho (9%). As conseqüências do estresse no corpo dos idosos são: distúrbios do sono (40%), cansaço (32%), dores de cabeça (14%) e mau-humor (14%); no corpo das idosas como: dores de cabeça (40%), dores no corpo (30%), distúrbios do sono (20%), distúrbios da fome (10%). Entre os idosos, dos 61% que não se consideraram estressados, 82% exercem alguma atividade para evitar o estresse, se destacando atividades físicas e de lazer. Entre os 29% das idosas que não se consideraram estressadas, 90% exercem atividades para evitar o estresse, se destacando religiosidades, atividades físicas e terapias. |
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| CONCLUSÕES: |
Os resultados sugerem a importância de intervenções que visem atenuar e/ou resolver os problemas que dificultam o modo de vida dos idosos. Deve-se oferecer condições para que não se isolem ou sejam isoladas do convívio com os amigos e a família. É válido um trabalho de prevenção a fim de se evitar que conflitos familiares façam com que a pessoa se encontre só e sentindo-se rejeitada pela família. Não podemos deixar de considerar que, para grande parte da população brasileira, a aposentadoria ou a falta de trabalho remunerado na velhice coloca-as em situação de marginalidade. Verificou-se também que o conceito de estresse foi absorvido erroneamente pelo senso comum, sendo considerado desnecessário para a sobrevivência. Segundo os profissionais, o estresse pode ser bastante proveitoso se soubermos manejá-lo nas diversas situações do dia-a-dia. Muito tem contribuído o crescimento de programas para a terceira idade, que criam oportunidades de inserção social e permitem aos idosos explorar novas identidades, realizar projetos abandonados, estabelecer relações mais profícuas com o mundo atual. Estes podem funcionar como um meio para prevenir problemas de saúde e reduzem custos públicos com tratamento para pessoas idosas. Portanto, a melhor forma de combate ao estresse seria a prevenção, regulando a alimentação, praticando exercícios físicos e atividades de lazer, fazer as coisas das quais se gosta e manter alguma forma de religiosidade. |
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Instituição de fomento: Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Palavras-chave: Estresse; Idoso; Prevenção. |
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| Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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