| F. Ciências Sociais Aplicadas - 1. Gestão e Administração - 9. Gestão e Administração |
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COOPERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA-GOVERNO: o caso UNIJUÍ/SEDAI |
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| Marlise Sozio Vitcel 1 |
| Enise Barth Teixeira 1 |
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| (1. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul / UNIJUÍ) |
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| INTRODUÇÃO: |
As universidades têm como finalidade fomentar o processo de construção do conhecimento, formar profissionais capacitados para atuar no mercado e, principalmente, têm o compromisso de socializar o conhecimento gerado para que este volte à sociedade e contribua para seu desenvolvimento. Ao mesmo tempo, as micro, pequenas e médias empresas (MPME’s) devem estar atentas às mudanças do mercado, sendo esta uma condição essencial para sua sobrevivência, podendo ser o determinante do seu sucesso ou fracasso, sobretudo com a necessidade crescente de obtenção de progresso tecnológico e gerencial para se tornarem competitivas. O governo, diante disso, tem a função de ser o indutor e o fomentador do desenvolvimento, buscando formas de interação que norteiem as ações da sociedade. O governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (SEDAI), iniciou, no ano de 2000, uma integração com as universidades gaúchas para o desenvolvimento e execução de convênios, cuja finalidade é a capacitação, assessoria empresarial e formação de redes de cooperação, sob a forma dos Programas Extensão Empresarial, Redes de Cooperação e Capacitação Empresarial. A pesquisa aqui relatada toma como referência esses convênios, com o propósito de analisar a parceria realizada entre UNIJUÍ e SEDAI para atendimento das MPME’s da Região Noroeste Colonial partindo de uma reflexão teórica sobre o tema da cooperação Universidade-Empresa-Governo. |
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| METODOLOGIA: |
No que concerne à metodologia, a investigação se caracteriza por uma abordagem qualitativa, sendo que tem por razão compreender e explicar as relações entre os agentes sociais envolvidos no fenômeno em análise. Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória, uma vez que, embora a UNIJUÍ tenha um histórico de pesquisas em diversas áreas e o tema tenha grande relevância acadêmica e socioeconômica, há pouco conhecimento acumulado e sistematizado sobre essa relação de cooperação. O processo metodológico utilizado consiste em pesquisa de campo utilizando as fontes primárias, com técnicas de coleta de dados por meio de entrevistas com alguns agentes do processo e fontes secundárias, por meio de documentos dos convênios estudados; pesquisa bibliográfica em periódicos, revistas especializadas, livros, sites acadêmicos e científicos, teses e dissertações e outras publicações semelhantes, em especial Revistas de Administração da USP que tratam exclusivamente sobre a temática da cooperação Universidade-Empresa; ainda configura-se num estudo de caso, pelo fato de analisar a parceria entre a UNIJUÍ e a SEDAI/RS. O quadro teórico de referência congrega conceitos como a cooperação, o desenvolvimento local, a relação Universidade-Empresa-Governo, a disseminação do conhecimento, o desafio gerencial, o papel das MPME’s, entre outros. |
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| RESULTADOS: |
Os resultados deste estudo indicam que a relação existente entre a universidade e a empresa pode assumir formas diversas, desde estágios supervisionados, trabalhos de extensão, até desenvolvimento tecnológico conjunto. Esta interação pode se caracterizar como uma ação bilateral ou multilateral, a qual envolva apenas uma micro região ou até mesmo ter ações de proporção internacional. A relação entre Universidade-Empresa-Governo tem contribuído na supressão de muitas necessidades empresariais, acadêmicas e governamentais. Desta forma, as empresas passam a ter acesso a inovações tecnológicas, apoio gerencial e contato com o saber acadêmico; as universidades têm a obtenção de financiamento para pesquisas e a disseminação do conhecimento gerado, e o Estado tem a oportunidade de garantir o fomento ao desenvolvimento regional e qualificação das empresas locais para a competição empresarial. Muito há, contudo, ainda, para se discutir a respeito desta temática, como propriedade intelectual, aprendizado empresarial, desenvolvimento local, geração de renda, responsabilidade social, concepções teóricas e diversos outros, tendo em vista a recente abordagem teórica do assunto no Brasil, bem como a função social dos três agentes envolvidos na cooperação: a Universidade, as Empresas e o Governo. |
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| CONCLUSÕES: |
A presente investigação nos remete à conclusão de que a discussão acerca da cooperação Universidade-Empresa-Governo data de menos de duas décadas no Brasil, porém é preocupação relevante no meio acadêmico, como forma de disseminação do saber, sobretudo em relação a pesquisas voltadas para o setor produtivo. Também é de interesse das MPME’s – que precisam de maior apoio devido às incertezas do mercado, pois é neste setor empresarial que está a maior geração de emprego e renda da região – que tal interação exista e se fortaleça, na medida em que essa cooperação traz da academia ao setor produtivo a inovação, a capacitação e a possibilidade de uma educação continuada, voltada para sua área de interesse. A esses dois públicos (universidade e MPME’s) falta o fomento à iniciativa de cooperarem. A realização do fomento e da indução à cooperação é possivelmente a principal função do governo nesta relação. Nestas condições, é possível haver cooperação proveitosa entre Universidade-Empresa-Governo, de maneira que seja socializado o aprendizado tanto da empresa como da universidade, bem como o Estado pode atuar na economia local por meio de financiamento de serviços prestados para as MPME’s. Faz-se necessário, entretanto, que estas três instituições consigam conciliar os seus interesses em prol do bem comum; todavia é imprescindível que se busque respeitar a essência de cada instituição para preservar suas identidades no processo de interação. |
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Instituição de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul – FAPERGS/PROCOREDES
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Universidade-Empresa-Governo; Cooperação; Micro, pequenas e médias empresas. |
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| Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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