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A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 1. Climatologia
PREDOMINÂNCIA DIRECIONAL DAS CHUVAS EM DEZEMBRO DE 2004, NA CIDADE DE JATAÍ-GO
José Antônio BORGES 1 (romarioufg@yahoo.com.br), Romário Rosa de SOUSA 2, Juarez Silva CABRAL 3, Hildeu Ferreira da ASSUNÇÃO 4, Ednalva Maria da SILVA 5, Romel Assis CARVLHO 6 e Sebastião Roberto Gonçalves MOREIRA 7
(1. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás; 2. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás; 3. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás; 4. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás; 5. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás; 6. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás; 7. Campus Avançado de Jataí-Universidade Federal de Goiás)
INTRODUÇÃO:
A caracterização dos fenômenos naturais tais como vento, chuva e neve são tão antigos quanto a própria civilização, pois, segundo Montenegro et al. (2004), há registros da utilização de instrumentos destinados a mensuração e detecção de fatores e elementos climáticos pelos chineses, antes de Cristo. Para Guerra e Cunha (1996), as chuvas concentradas em encostas desprotegidas de vegetação, contato abrupto entre solo e rocha, descontinuidades litológicas e pedológicas e encostas íngremes são algumas condições naturais que podem acelerar os processos erosivos. Apesar das causas naturais deflagrarem processos de degradação ambiental, a ocupação humana desordenada, edificações mal planejadas, aliadas às condições naturais de risco, podem provocar desastres, que envolvem, muitas vezes, prejuízos materiais e perdas humanas. Quando se quer estabelecer uma relação entre a direção predominante das chuvas e os ventos, para um determinado local, nem sempre o pesquisador tem disponível um anemógrafo e um pluviógrafo. Uma chuva intensa, por exemplo, de curta duração, e com grandes gotas, pode ter uma direção diferente da do vento dominante. Este trabalho teve como objetivo detectar as possíveis direções predominantes das chuvas que ocorreram na cidade de Jataí, em Dezembro de 2004.
METODOLOGIA:
Este trabalho consistiu na instalação de 5 baterias de pluviômetros vetoriais, compostas de 4 pluviômetros modificados e 1 pluviômetro normal. Cada pluviômetro vetorial foi construído, utilizando-se 1 redução PVC de 150 x 100 mm; uma curva curta de 45° x 100 mm; 35 cm de tubo PVC de 100 mm; 1 tampão de 100 mm; 1 adaptador de franja, em PVC rígido, de ½”; 1 registro de esfera de ½”; 1 nípel de ½”; e 1 bico de torneira de ½”. Geometricamente, cada instrumento apresenta uma área de captação de 165 cm² (SOUSA et al., 2004). Os instrumentos foram instalados de modo que suas partes coletoras fiquem, a 1,5 m da superfície do solo, voltadas para os devidos pontos cardeais da cidade, exceto o pluviômetro normal. As observações foram feitas todos os dias às 7:00h e as chuvas coletadas são medidas com provetas graduadas, em mm, e anotadas, em uma planilha adaptada para tal propósito. A determinação da direção da chuva foi calculada de acordo com o método apresentado por Assunção et al. (2004), tomando-se como referência o quadrante com maior registro pluviométrico.
RESULTADOS:
: A direção predominante das chuvas se manifestou de acordo com o deslocamento das massas de ar que atuam na região sudoeste de Goiás. Assim, as observações têm mostrado que a direção preferencial das chuvas variou entre NE e NW. Segundo Nimer (1989), nesta época do ano, a região Sudoeste do Estado de Goiás está sujeita a um sistema de circulação atmosférica, trazidos pelas linhas de instabilidade tropicais, acarretando chuvas e trovoadas, entre o final da Primavera e o início do Outono. A análise de freqüência, para o mês de dezembro mostra algumas exceções quanto à direção, uma vez que as chuvas advindas de outras direções aleatórias podem ser explicadas por efeitos convectivos das chuvas localizada.
CONCLUSÕES:
Conclui-se, portanto que preferencialmente as chuvas que caíram na cidade de Jataí durante todo o mês de Dezembro de 2004, estiveram sua direção de maior freqüência vinda na região Norte, como ficou registrado nas três baterias de pluviômetros vetoriais. Enquanto isso nas outras duas baterias de observação às chuvas estiveram a Nordeste, Sudoeste e Noroeste de acordo com os pontos cardeais da cidade. Mediante a essas informações vindas das baterias dos pluviômetros vetoriais o planejamento urbano pode ser mais bem elaborado visando um controle de ocupação do espaço. Outro fator importante é foi a grande credibilidade, que os pluviômetros vetoriais proporcionou nos dados coletados, mostrando a nós, que esse experimento inédito no Brasil e em quase todo o mundo, tem uma enorme gama de utilidade a ser aplicada na detecção da direção predominante das chuvas que ocorrem nas cidades.
Instituição de fomento: Superintendência Municipal de Ciências e Tecnologia de Jataí-GO
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Pluviometria vetorial; Direção das chuvas; Pluviômetro vetorial.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005