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E. Ciências Agrárias - 2. Engenharia Agrícola - 1. Construções Rurais
AVALIAÇÃO DA POZOLANICIDADE DE CINZAS DE CAMA SOBREPOSTA DE SUÍNOS E SUA RELAÇÃO COM A TEMPERATURA DE CALCINAÇÃO
Paulo Gonzalo Nebra Perez , Melissa Selaysim Di Campos , Normando Perazzo Barbosa  e Holmer Savastano Jr. 
1 2 4Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, FZEA/USP, Departamento de Engenharia de Alimentos,Pirassununga, SP. 3 Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Departamento de Engenharia Civil, João Pessoa, PB. , UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
O grande desafio dos suinocultores, atualmente, é a exigência da sustentabilidade ambiental das regiões de produção intensiva. Está sendo muito utilizada a criação de suínos sobre cama sobreposta, especialmente com casca de arroz. Periodicamente essas camas são renovadas e em virtude dos altos volumes envolvidos, passam a se tornar um problema ambiental. Uma maneira de reduzir o volume desses materiais é a queima. A casca de arroz é muito rica em sílica e sua calcinação em temperatura ideal transforma essa sílica em material amorfo. O objetivo desse trabalho foi testar o desempenho dessas cinzas em argamassas de cimento Portland, para utilização em construções. Foram testadas três temperaturas de queima: 400oC, 500oC e 600oC, com resfriamento gradativo. A escolhida foi correspondente à fração que passa na peneira #325. Com as cinzas obtidas nas temperaturas escolhidas, foram efetuadas: análise química (NBR NM15, 2004); análise de massa específica real (NBR NM10, 2001); área específica (NBR 7224, 1984) e análise granulométrica por peneiramento (NBR 7217, 1982). A análise de pozolanicidade das cinzas para se confirmar a temperatura ideal de queima foi feita através do ensaio do índice de atividade pozolânica com a Cal (IAP), realizado em conformidade com a NBR 5751 (1992). Este ensaio é uma medida direta do grau de pozolanicidade por meio da determinação da resistência à compressão simples, conforme NBR 7215 (1996), dos corpos-de-prova de argamassas sem reforço. A cura foi feita, durante as primeiras (24 ± 2) h, à temperatura de (23 ± 2) oC e, durante seis dias, à temperatura de (55 ± 2) oC. As médias para os ensaios de índice de atividade pozolânica com a cal nas temperaturas de 400, 500 e 600ºC foram 4,6; 5,5 e 6,4 MPa, respectivamente. Segundo a NBR 5751 (1992), para o material ser considerado pozolana ele deve apresentar um resultado superior a 5,5 MPa, o que fez com que concluíssemos que a temperatura ideal de incineração foi aquela realizada a 600ºC.
Instituição de fomento: FZEA/USP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  casca de arroz; construções rurais; sustentabilidade ambiental

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005