CONSERVAÇÃO E USO DE POLINIZADORES NO CENÁRIO MUNDIAL
E NO
BRASILEIRO
Vera Lucia Imperatriz
Fonseca
Em outubro de 1998, o Ministério
do Meio Ambiente realizou um workshop internacional com especialistas - "Workshop
on the Conservation and Sustainable use of Pollinators in Agriculture, with
Emphasis on Bees" – com a finalidade de propor as bases para uma
Iniciativa Internacional de Polinizadores. Participaram desse evento 61
cientistas de 15 países e de 5 organizações internacionais. Um livro foi
publicado sobre esta reunião, que está on line em http: //www.webbee.org.br/bpi/livro_polinizadores.htm
.
Como resultado das discussões
feitas nesta reunião, foi criado em Brasília um documento intitulado "A
Declaração de S. Paulo sobre os Polinizadores” (http: //www.biodiv.org/doc/ref/agr-pollinator-rpt-pdf) que foi aprovado no ano 2.000 pela Quinta Conferência das
Partes (COP5) da Convenção de Diversidade Biológica (CBD), realizada em Nairobi
(seção II da decisão v/5, que reviu a implementação das decisões III/11 e IV/6
no programa de trabalho na agro-biodiversidade). A COP5 estabeleceu uma
Iniciativa Internacional para a Conservação e Uso Sustentável de Polinizadores,
referida daqui por diante como Iniciativa Internacional dos Polinizadores (IPI,
em inglês).
A FAO (Food and Agricultural Organization) foi incumbida de ser a facilitadora e
coordenadora da IPI e de organizar um mecanismo de coordenação com organizações
relevantes e com um equilíbrio
geográfico para organizar um plano de ação para esta iniciativa. Este plano de
ação foi então preparado pela FAO e pelo secretariado da CBD e recomendado para a adoção pela COP6. O
plano de ação do IPI foi aceito por países que são membros da CBD e adotado
pela COP6 (http: //www.biodiv.org/decisions/default.aspx?m=COP-06&id=7179&lg=0)
.
Desde então, muitas das regiões do
mundo estabeleceram ou estão no processo de estabelecer iniciativas de uso e
conservação dos polinizadores de grande abrangência. Os objetivos centrais da
IPI são também mantidos pelas iniciativas regionais. São eles:
Ø Monitorar
o declínio dos polinizadores, suas causas e seus impactos nos serviços de
polinização;
Ø Tratar
da falta de informação taxonômica sobre os polinizadores;
Ø Avaliar
o valor econômico da polinização e o impacto econômico do declínio nos serviços
dos polinizadores;
Ø Promover
a conservação, a restauração e o uso sustentável da diversidade de
polinizadores na agricultura, bem como em ecossistemas relacionados.
Apesar do governo brasileiro ter
liderado a proposta do uso sustentável e conservação de polinizadores como um
programa para a Convenção da Diversidade Biológica, e do país ter tradição na
pesquisa com abelhas, é necessário dirigir a atenção nacional da comunidade para
as possibilidades da Iniciativa Internacional dos Polinizadores e seus planos
de ação. Em todo o mundo as iniciativas regionais dos polinizadores estão
tomando corpo, considerando o conhecimento local nos principais pontos
relacionados a IPI, que forneceram a direção estratégica para o planejamento da
conservação dos polinizadores.
Melhores práticas de manejo para a conservação de
polinizadores
A intensificação da Agricultura propiciou também um
declínio na proporção de hábitats naturais nas adjacências das propriedades
rurais, o aumento no uso de pesticidas, o decréscimo de recursos
florais em propriedades rurais, bem como aumento no tamanho dos campos,
monoculturas, uso intensivo do solo e da água e o uso de fertilizantes
sintéticos. Naturalmente, a sustentabilidade da agricultura para implementar os
padrões de uso de terra é uma das recomendações da agenda 21 para a
agricultura.
As melhores práticas de manejo na agricultura para o
uso sustentável e a conservação dos polinizadores são abordadas na literatura,
principalmente por diversos autores que estudam a conservação dos
polinizadores. Entre estas práticas estão: o controle do uso de pesticidas nas
culturas; análise do fluxo gênico nas culturas transgênicas e proposição de
protocolos de biossegurança; práticas agrícolas amigáveis com a conservação dos
polinizadores, incluindo a preparação da terra a fim manter ninhos das abelhas
sociais e solitárias que ocorrem no solo; manejo da paisagem agrícola de modo a
manter suas bordas com vegetação
nativa, ou cercas-vivas que possam oferecer recursos aos polinizadores e ao
manejo integrado de pragas; a
diminuição do uso dos herbicidas nas culturas agrícolas, pois as plantas
ruderais auxiliam a conservação de polinizadores fornecendo recursos
alimentares durante o ano todos.
Todas estas propostas são focalizadas para algumas
culturas, principalmente as de importância comercial global. O recente plano de
ação da Iniciativa Internacional dos Polinizadores está, eficazmente, colocando
os polinizadores em evidência. Trabalhos interessantes que enfocam os serviços
ambientais fornecidos por polinizadores foram publicados recentemente,
considerando também seu valor econômico e tentando medir este valor. Um bom
exemplo está relacionado às culturas do café. Embora estas não dependam obrigatoriamente
dos polinizadores, Roubik (2002) mostrou que as abelhas Africanizadas
aumentaram a produção do café na América Central. Também em plantações de café
no Brasil, de Marco & Coelho (2004) verificaram que as fazendas próximas a
fragmentos florestais tiveram um aumento de 14,6% na produção, o que poderia
estar relacionado aos serviços de polinização; Ricketts (2004) e Ricketts et al. (2004) apontaram a importância de
fragmentos florestais tropicais para aumentar a atividade do polinizador em
culturas de café. Estes últimos estudos apontaram a importância de abelhas sem
ferrão (10 espécies), assim como de Apis
africanizada, como polinizadores. A distância entre a cultura e o fragmento
mostrou que o uso dos polinizadores em transectos ao longo das áreas agrícolas
deveria aumentar em 20% a produção dessa cultura. Baseados nisto, e em suas
análises realizadas em três áreas, os autores sugeriram um valor econômico da
floresta que fornece esse serviço ambiental e que este serviço de polinização
poderia ser pago pelos produtores de café ao proprietário do fragmento; eles
também apresentam uma estimativa do valor econômico destes fragmentos naturais,
objeto nesta avaliação.
Polinizadores
para agricultura
Apesar da importância dos
polinizadores na agricultura (por exemplo, besouros para a produção do fruto do
dendê; mamangavas para estufas do tomate, entre outros vegetais; abelhas
solitárias para a maçã, a pêra e a alfafa; abelhas sem ferrão para o morango, o
guaraná, o açaí, o café, entre diversas outras culturas; abelhas melíferas para
muitas culturas), até agora a implementação do uso de polinizadores na
agricultura não é valorizado nem conhecido em países em desenvolvimento. Mas
esta situação mudará em breve, devido às constatações das novas iniciativas internacionais
de polinizadores a respeito do valor econômico de seu uso nos cultivos
agrícolas, bem como dos cultivos bem sucedidos que competem no mercado mundial,
que resultam do uso de polinizadores em estufas, como o do tomate, por exemplo.
Os países desenvolvidos enfrentam a falta de polinizadores e procuram
alternativas (por exemplo, Iniciativa Européia de Polinizadores; Campanha dos
Polinizadores da América do Norte; Austrália e seus esforços em polinizadores
alternativos à Apis), embora somente
um pequeno número de polinizadores (uma dúzia, Kremen (2004)) é criado com
sucesso para o uso agrícola. Se não estiverem disponíveis nas proximidades, na
natureza, devido à agricultura intensiva que utiliza grandes áreas, eles são
comprados de companhias de biotecnologia que os criam com sucesso. Estas
companhias são multinacionais e têm tecnologia de produção em grande escala. O
melhor exemplo é o uso de Bombus terrestris na agricultura (sua produção
em condições de laboratório obteve sucesso apenas em 1985, quando a tecnologia
para quebrar a diapausa da rainha se tornou disponível; atualmente, as
companhias de criação de mamangavas no mundo vendem 1 milhão de ninhos por o
ano (Velthuis & Van Doorn, 2004)). A introdução de polinizadores exóticos
com técnicas definidas de criação também é indesejável e estudos de impacto
ecológico são obrigatórios no processo de importação. Isto estimula a criação
de polinizadores nativos para o mesmo serviço nos países que estão se
capacitando para a conservação e uso sustentável da polinização.
Quais as espécies de abelhas brasileiras que podem
ser usadas como polinizadores?
No Brasil,
um país mega-diverso, levantamentos de apifauna foram realizados com
metodologia padronizada (Pinheiro-Machado et
al., 2002). Mas somente uma pequena parte do território nacional foi
amostrada até agora. Em nosso país, a diversidade de polinizadores é muito
elevada, mas nós não estamos preparados para utilizar o serviço ambiental
provido pelos polinizadores. A única espécie de abelhas criada em larga escala
é a Apis mellifera, espécie exótica e que muitas vezes compete por
recursos com os polinizadores nativos.
Em relação
ao uso de Apis mellifera como
polinizador, um parasita, o ácaro Varroa destructor,
tornou-se uma praga em zonas temperadas. Estes ácaros se aderem ao corpo dos
machos das abelhas Apis para a dispersão entre as colônias, mas também
podem ser encontrados nas operárias (que têm curto tempo de vida, morrendo
quando começa a atividade de forrageamento) e nas rainhas. Apesar deste parasita
ter provocado uma falta de polinizadores nas regiões temperadas do mundo, o
mais importante foi que ele também serviu de alerta para a necessidade de haver
polinizadores alternativos na produção de alimento. No Brasil, a abelha
melífera africanizada (AMA) pode sobreviver ao ácaro Varroa, mas os apicultores não estão prontos para fornecer abelhas
para a polinização. Estes aspectos foram discutidos (http: //www.webbee.org.br/bpi/pdfs/sao_paulo_group03_2.pdf)
no workshop São Paulo Declaration on Pollinators plus 5, quando
foram sugeridas recomendações para o desenvolvimento de adequações ao processo
de criação de abelhas relacionado ao seu uso na polinização. Nos EUA, Evans
& Spivak discutiram, recentemente, sobre o aluguel de colônias para
polinização e os serviços que elas fornecem. Foram testados os efeitos do uso
da abelha melífera na produção de frutos. A boa polinização da abelha melífera
resulta em frutos maiores e de boa qualidade. A falta de polinização dessa
abelha reduz a produção e produz frutos pequenos. Outras abelhas, como
mamangavas e as abelhas solitárias, são mais eficientes do que Apis para a polinização dos frutos
estudados, mas não estão disponíveis na natureza em número suficiente para
fornecer esse serviço.
Em muitas
áreas tropicais e subtropicais do mundo, um caminho promissor é o uso de
abelhas sem ferrão como polinizadores de cultura (Maeta et al., 1992; Heard, 1999; Heard & Dollin, 2000; Amano et al., 2000; Slaa, 2001;Cauich et al., 2004; Cunningham et al., 2002; Malagodi-Braga &
Kleinert, 2004; Cruz et al., 2004;
Del Sarto et al., 2005; outras
investigações relacionadas estão em desenvolvimento no Brasil). As melhores
práticas de manejo de polinizadores nas culturas significam melhor valor
econômico e, neste aspecto, as abordagens caminham paralelamente. Geralmente os
produtores não estão interessados na resistência (capacidade de reter
propriedades da comunidade sob distúrbio) ou resiliência (capacidade de se
recuperar do distúrbio) dos cultivos ao intensificar a agricultura, mas sim no
seu valor econômico em uma estação particular. As ações em curto prazo e as
simulações de mercado são importantes nas decisões do produtor sobre o que irá
plantar na estação seguinte. Elas estão ligadas às condições imprevisíveis do
tempo, bem como à flutuação de mercado nos valores das culturas agrícolas
(Kevan & Viana, 2003) e à vantagem econômica em obter frutos melhores. As
atividades ao longo prazo, a respeito dos recursos naturais, não têm sido
consideradas. Freitas & Imperatriz-Fonseca (2005) trataram da importância
econômica dos polinizadores na agricultura no Brasil.
As abelhas solitárias têm sido estudadas no Brasil e
em outros países como importantes alternativas para a polinização de culturas.
O sucesso de Megachile rotundata como polinizadora da alfafa
transcende fronteiras políticas. O
mesmo ocorre com Osmia. No Brasil, os gêneros Xylocopa e Centris
já são considerados fundamentais para polinização, por exemplo, de maracujá e
caju, respectivamente, entre outras possibilidades. O Brasil é rico também em
espécies de Megachilidae e de Halictidae, ambos com importância potencial como
polinizadores especializados. Para maiores detalhes sobre este assunto ver http: //www.webbee.org.br .
As abelhas polinizadoras e o manejo de florestas
Um dos
aspectos importantes do manejo florestal para o uso sustentado das florestas é
a preservação dos ninhos das abelhas sociais na área, após o corte seletivo. Os
padrões de corte seletivo, estabelecidos internacionalmente, foram analisados
por Eltz et al. (2003) na Ásia. Os autores estudaram os hábitos de nidificação
dos meliponíneos da Malásia para estimar o impacto das operações de corte
seletivo nas populações de abelhas em diferentes locais. Usaram informações
sobre composição taxonômica, tamanho e qualidade de ocos e discutiram os
efeitos potenciais da perturbação imposta pelos diferentes sistemas de uso da
floresta. A partir dos dados obtidos, sugerem que pelo menos 1/3 das árvores
selecionadas para corte podem conter ninhos de abelhas sem ferrão. Como estes
ninhos se estabelecem através de um processo de enxameagem onde os contatos
entre colônia mãe e filha duram pelo menos um mês, recomendam que, no momento
do corte seletivo, seja desenvolvida uma prática de retornar os ninhos das
abelhas para a área da floresta em recuperação. No Brasil, Venturieri (2004)
tratou do assunto do corte seletivo de árvores nas florestas da Amazônia e da
necessidade de proteger os ninhos das florestas. Este é um assunto prioritário
que deverá ser implementado juntamente com as discussões sobre o uso da
floresta na Amazônia brasileira.
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