POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM
SAÚDE:
IMPASSES, DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Maria
Imaculada Ferreira da Fonseca
Coordenadoria
de Políticas
Núcleo de Desenvolvimento de Políticas de RH
imaculada@saúde.ce.gov.br
A partir da criação da
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde o Ministério da Saúde
assumiu seu papel de Gestor Federal do Sistema Único de Saúde no que diz respeito
à formulação, distribuição e gestão dos Trabalhadores de Saúde no Brasil.
Especificamente
na gestão da Educação na Saúde o Ministério da Saúde está atuando em diversas
linhas de ação, sendo todas de maior relevância, tendo destaque para: -
Qualificação e Formação de Auxiliares e Técnicos das Profissões da Área de
Saúde; - Qualificação e Formação de Agentes de Saúde; - Ampliação e
Consolidação da Rede de Escolas Técnicas do SUS; - Formação de Docentes; -
Trabalho Intersetorial com o Ministério da Educação para Mudanças no Ensino
Técnico, na Graduação e Pós-graduação das Profissões da Área da Saúde; -
Especializações e Mestrados Profissionalizantes para Atendimento às
Necessidades do SUS no Campo da gestão e da atenção a saúde; - Fortalecimento e
qualificação da Educação e Informação em saúde para a sociedade cívil; -
Incorporação dos princípios de educação popular em saúde nos processos de
formação dos trabalhadores de saúde e práticas educativas.
Para
implantação destas políticas e da gestão da Educação na Saúde no âmbito dos
estados e municípios foram criados espaços de articulação interinstitucional e
de negociação para a construção de projetos de educação. Essas instâncias
Locorregionais são chamadas de “Rodas”
ou de “Pólos” de Educação Permanente em
Saúde e funcionam através de um colegiado composto por representantes dos
segmentos: (gestão, assistência, ensino e controle social). Estes segmentos
integram o “quadrilátero da Educação Permanente em Saúde sendo os
representantes respectivamente: (gestores, profissionais, Educadores de
instituições formadoras, estudantes e usuários integrantes de movimentos sociais.
Os Pólos
de Educação Permanente em Saúde operam através dos colegiados de gestão que se
reunem periodicamente uma vez por mês. A identificação das demandas de Educação
Permanente é feita considerando os problemas de gestão, atenção e controle
social que afastam ou restringem a integralidade e qualidade da atenção no SUS.
Dentre
os desafios da implantação dessas políticas de educação na saúde destacam-se
como mais dificeis:
-
A conjugação entre educação e o
trabalho;
-
As mudanças nas práticas de formação
e de saúde;
-
A articulação (Ensino-Gestão –
Atenção – Controle Social);
-
A formulação de políticas de
formação e desenvolvimento de RH em bases geopolíticas territorializadas (de
forma descentralizada com ênfase na educação em serviço.
Como
dificuldades surgidas no processo destacam-se:
-
A participação incipiente dos gestores;
-
A resistência de alguns segmentos integrantes dos pólos em
acatar as diretrizes da nova política e a gestão colegiada;
-
Indefinição de parâmetros para construção dos projetos/ações,
fluxos burocráticos na aprovação dos projetos/ações;
-
inadequação do processo de comunicação do Ministério
da Saúde com integrantes dos pólos;
-
inadequações na organização e execução dos cursos de
educação a distância dos tutores e facilitadores de Educação Permanente em Saúde entre outras.