OLIMPÍADA BRASILEIRA DE
ASTRONOMIA E DE ASTRONÁUTICA João Batista Garcia Canalle (Instituto de Física - UERJ) A Olimpíada Brasileira de Astronomia e de
Astronáutica (OBA) é um evento organizado anualmente pela Sociedade
Astronômica Brasileira (SAB) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB) cujos
objetivos fundamentais são: a- promover o estudo da Astronomia e da
Astronáutica entre alunos do ensino fundamental e médio, fomentando o
interesse dos jóvens por estas
ciências; b- incentivar e colaborar com os professores destes níveis
para se atualizarem em relação aos conteúdos destas ciências; d- promover a difusão dos conhecimentos
básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando num mutirão nacional,
além dos próprios alunos, seus professores, pais e escolas, planetários,
observatórios municipais e particulares, espaços e museus de ciência,
associações e clubes de astronomia, astrônomos profissionais e amadores,
instituições de construção e lançamento de foguetes e satélites e clubes de
foguetes amadores; e- distribuir, quando possível, materiais
educacionais de Astronomia e de Astronáutica, em português, para os
professores representantes da OBA nas escolas. Neste simpósio apresentamos alguns dos
resultados da VII Olimpíada Brasileira de Astronomia (VII OBA), a qual
ocorreu em 15 de maio de 2004, em todos os estabelecimentos de ensino
fundamental ou médio previamente cadastrados, e alguns dos resultados da VIII
Olimpíada Brasileira de Astronomia e de Astronáutica (VIII OBA), a qual
ocorreu em 13 de maio deste ano. Participaram da VII OBA, em 2004, 123.000
alunos distribuídos por 2.713 escolas pertencentes a todos os Estados
brasileiros. Uma equipe de 5 alunos foi escolhida para representar o Brasil
na IX Olimpíada Internacional de Astronomia (IX IAO), a qual ocorreu em 2004 na Ucrânia, tendo ganho uma medalha de prata e duas de
bronze. Iniciamos a divulgação da VII OBA enviando material de divulgação
para: 26 Secretarias Estaduais de Educação; 5509 Secretarias Municipais de
Educação; 323 Dirigentes Regionais de Educação; 4300 professores
representantes da OBA cadastrados até 2003 e para cerca de 30.000 diretores
de escolas de Estados com poucos professores representantes cadastrados. Esta
divulgação poderia ser feita em conjunto com todas as Olimpíadas Brasileiras
de Conhecimento, o que pouparia recursos e poderia ampliar o conjunto de
escolas atingidas pela publicidade. A
VII OBA teve, em 2004, pela primeira vez quatro níveis de provas a saber: – Nível I,
destinada aos alunos regularmente matriculados entre a 1ª e a 2ª série do
ensino fundamental. – Nível II,
destinada aos alunos regularmente matriculados entre a 3ª e a 4ª série do
ensino fundamental. – Nível III,
destinada aos alunos regularmente matriculados entre a 3ª e a 4ª série do
ensino fundamental, e – Nível IV,
destinada aos alunos regularmente matriculados em qualquer série do ensino
médio ou que já concluíram o ensino médio há menos de dois anos (a contar da
data da prova da OBA) e não estão matriculados em nenhuma instituição de
ensino superior.
Conforme fazemos anualmente, em 2004 distribuímos
5.000 medalhas entre os alunos dos níveis 1, 2, 3 e 4, na mesma proporção do
total de alunos participantes em cada nível, ou seja, 358 do nível 1, 1.393
do nível 2, 2.364 do nível 3 e 702 para os alunos do nível 4. A divisão entre
as medalhas é feita de modo que, aproximadamente, para cada uma de ouro
tenhamos duas de prata e três de bronze. Na sétima OBA (2004), a distribuição
de medalhas, obedecendo os critérios acima, foi delimitada pelos seguintes
intervalos de notas:
a) Dois CDs contendo: todo o conteúdo do livro Astronomia e
Astrofísica (585 páginas) dos autores Kepler de Souza Oliveira Filho &
Maria de Fátima Oliveira Saraiva; a publicação “Introdução à Astronomia e
Astrofísica” elaborada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE);
um texto com “Todas as Novidades em Astronomia e Astrofísica até junho de
2003”; a publicação “Astronomia
no Brasil”, a qual contém uma seqüência de slides de fotos da história da
astronomia no Brasil; etc; b) Uma cópia do artigo “O problema do ensino da órbita da
Terra”; c) Um exemplar da revista “Ciência Hoje das Crianças” a qual
tem artigos sobre ensino de astronomia; etc. Os 5 alunos selecionados para
representarem o Brasil na IX Olimpíada Internacional de Astronomia, realizada
na Ucrânia em 2004 ganharam duas medalhas de bronze e uma de prata. Pelo crescimento das
participações na OBA temos certeza que estamos atingindo nossos objetivos de
propiciar uma intensificação dos estudos de astronomia nos níveis
fundamentais e médio. Como
dissemos, em 2005 a abrangência da OBA foi ampliada para incluir também os
conteúdos de Astronáutica e a Agência Espacial Brasileira, através de
convênio formalizado com a SAB, passou a ser co-organizadora da OBA . Neste
ano a VIII Olimpíada Brasileira de Astronomia e, agora também, de
Astronáutica foi realizada em 13 de maio de 2005, pela primeira vez numa
sexta-feira, pois sempre fora realizada aos sábados. Esta mudança de sábado
para sexta-feira foi feita atendendo à solicitação dos professores
representantes da OBA. Em
2005 tivemos 6500 escolas cadastradas, distribuídas por 1973 municípios, ou
seja, 36% dos municípios do Brasil tem pelo menos uma escola participando da
OBA. Esperamos para 2005 ter cerca de 200.000 alunos participando e a um
custo de menos de R$0,50 por aluno, o qual provavelmente é o menor custo por
aluno dentre as Olimpíadas organizados no Brasil. Na
OBA cada escola participante recebe um certificado de participação, bem como
cada aluno e cada professor colaborador da mesma. Somos a única Olimpíada que
faz isso. Distribuímos em 2004 cerca de 5.000 medalhas e em 2005 pretendemos
distribuir cerca de 20.000 medalhas entre os alunos participantes. Também
somos a única Olimpíada com estas características. Temos
constatado que as escolas veteranas de participações na OBA têm melhor
desempenho nas provas do que aquelas escolas que estão participando pela
primeira vez. Isto demonstra que o simples participar da OBA implica numa
melhora do rendimento da escola como um todo. Gostaríamos
de propor aos demais organizadores de Olimpíadas do Conhecimento do Brasil
que elas fossem organizadas de forma conjunta, no intuito de economizarmos
recursos e esforços, e termos um alcance muito maior do que cada uma tem
individualmente. Além disso, isso permitiria que as associações pequenas como
a nossa, e tradicionalmente com menos recursos, continuassem a expandir esta
atividade, atingindo um número cada vez maior de estudantes de nosso País. A Olimpíada Brasileira de Astronomia e de Astronáutica tem tido o apoio dos seguintes patrocinadores: CNPQ, FAPERJ, CST, OMNISLUX, UERJ, UNIP, FACEPE, INSTITUTO DO MILÊNIO, ON, ELETROBRÁS, CEPEL, ITA, CTA, IAE, AEB, INPE, MEC, MCT, Governo do Estado do Espírito Santo, Governo do Estado de Minas Gerais, Centro Educacional São Camilo. |