ESTRATÉGIAS PARA REPARAÇÃO
CARDÍACA BIOLÓGICA BASEADAS NO USO DE TERAPIA CELULAR ISOLADA OU COMBINADA A
MODIFICAÇÕES GENÉTICAS
José Eduardo Krieger
O
uso de células tronco embrionárias ou adultas vem sendo explorado como
alternativa inovadora para a reparação do miocárdio lesado. Apesar de acúmulo de evidências favoráveis a
este conceito, uma série de questões fundamentais precisam ser cuidadosamente
respondidas antes desta opção terapêutica ser de fato considerada clinicamente.
As potencialidades e particularidades dos vários tipos celulares, de origem
embrionária ou adulta, precisarão ser explorados para que no futuro tenhamos
parâmetros objetivos para identificar a melhor opção para cada problema. Uma
característica inerente às células-tronco é a capacidade de responderem fenotípicamente
ao seu microambiente. Isso poderia sugerir que as células-tronco podem
tornar-se cardiomiócitos ou componentes vasculares, integrar-se funcionalmente
ao tecido hospedeiro e melhorar a função ventricular do miocárdio infartado. Avaliaremos o potencial regenerativo das
células-tronco derivadas de tecidos adultos isoladamente e em combinação com
células adultas, também do mesmo indivíduo, modificados geneticamente para
produzir fatores angiogênicos e/ou antiapoptóticos. Na primeira abordagem considera-se que o microambiente cardíaco
alterado pela lesão é suficiente para o sucesso da injeção de células
tronco. Em contraste, na segunda
abordagem este processo é otimizado pela co-injeção de células geneticamente
modificadas para produzir o (s) fator (res) necessários ao sucesso da injeção de
células tronco implantadas. Finalmente,
questões relacionada a eficiência das diversas vias de injeção das células
serão consideradas com o objetivo de otimizar os efeitos no miocárdio.