| D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva | | VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA MENSURAÇÃO DA COMPETÊNCIA AMBIENTAL | | Hermes de Andrade Júnior 1 (autor) hermesjr@ensp.fiocruz.br | Jorgelina Inês Brochier 2 (autor) jo.ines@ig.com.br | Marcos Aguiar de Souza 3 (autor) maguiarsouza@uol.com.br |
| 1. Pós-Graduação em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz | 2. Curso de Psicologia da Universidade Gama Filho | 3. Departamento de Psicologia do Instituto de Educação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
| | INTRODUÇÃO: A educação ambiental, a exemplo de diversos outros temas, vem recebendo nas últimas décadas ampla atenção por parte de pesquisadores de diversas áreas, além de governantes e mesmo do cidadão comum. A despeito das discussões realizadas sobre o meio ambiente em diversas partes do mundo, a ênfase tem sido direcionada para a educação, com raras tentativas de se avaliar o resultado das diferentes ações e programas desenvolvidos. É nesse sentido que Pedersen (1999) desenvolve um instrumento para mensurar a competência ambiental, com 60 itens subdivididos em seis fatores: Fator 1 – Consciência ambiental; Fator 2 – Habilidades ao ar livre; Fator 3 – Facilidade de localização; Fator 4 – Conhecimento do ambiente; Fator 5 – Habilidades práticas e 6 – Conservação de recursos, cada fator contendo dez itens. | | METODOLOGIA: Com o intuito de validar o instrumento para amostras brasileiras, o instrumento foi aplicado a 280 indivíduos de ambos os sexos, sendo 194 homens e 86 mulheres, subdivididos em seis grupos: estudantes universitários da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), sendo 21 homens e 86 mulheres; Instrutores e Monitores do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) – Manaus – AM (27 homens); Policiais da Companhia de Polícia Ambiental do Distrito Federal (51 homens); Militares da 2ª Companhia de Fuzileiros do Primeiro Batalhão de Infantaria de Selva (Manaus – AM) (57 homens); Sargentos alunos do CIGS e Oficiais Alunos do CIGS (38 homens). | | RESULTADOS: Após a codificação, com a utilização do SPSS 11.5, foi realizada a análise fatorial com rotação Varimax, mesmo procedimento adotado pelo autor para a definição dos fatores da escala na versão original do instrumento. Dos dados obtidos com a amostra brasileira, emergiram quatro fatores. O Fator 1 foi composto por 19 itens, sendo nomeado “Orientação e convivência no ambiente”. O Fator 2 foi composto por 10 itens, sendo nomeado “Conhecimento do ambiente físico e social”. No Fator 3, intitulado “Consciência ambiental” foram reunidos 13 itens e, finalmente, o Fator 4 foi composto por nove itens, sendo nomeado “Conservação de recursos”. | | CONCLUSÕES: A versão brasileira da Escala de Competência Ambiental ficou então composta por 51 itens. Os nove itens abandonados apresentaram carga fatorial inferior a 0,30. A análise da consistência interna em cada fator, realizada através do índice alfa de Cronbach revelou dados satisfatórios em cada fator: Fator 1 – 0.9347; Fator 2 – 0,7766; Fator 3 – 0,7917 e Fator 4 – 0,7523. Finalmente, o cálculo do coeficiente de correlação linear de Pearson revelou a existência de correlações positivas significativas ao nível de 0,01 entre os quatro fatores: 0,615 entre os fatores 1 e 2; 0,283 entre os fatores 1 e 3; 0,392 entre os fatores 1 e 4; 0,462 entre os fatores 2 e 3; 0,473 entre os fatores 2 e 4 e uma correlação de 0,392 entre os fatores 3 e 4. Os dados analisados permitem concluir pela adequação do instrumento para mensuração da competência ambiental em amostras brasileiras. | | | | | | Palavras-chave: Educação ambiental; Competência ambiental; Militares. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |