| G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial | | DILEMAS NA TRAJETÓRIA DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ENTRE INCLUIR OU INTEGRAR E ASSISTIR OU EDUCAR | | Lúbia Cristina Mesquita 1, 2, 4 (autor) lubiamesquita@yahoo.com.br | Esther Giacomini Silva 2, 3 (orientador) esther@ufv.br | Michelha Vaz Pedrosa 1, 2 (colaborador) michelhavaz@bol.com.br |
| 1. Graduanda de Pedagogia da Universidade Federal de Viçosa UFV | 2. Integrante do Núcleo de Pesquisa Políticas Públicas da UFV | 3. Profª. MS do Departamento de Educação da UFV | 4. Bolsista da FAPEMIG |
| | INTRODUÇÃO: Este estudo fez parte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida por docentes e graduandos pertencentes ao Núcleo de Pesquisas Políticas Públicas da UFV, com o propósito de traçar o perfil da educação infantil, de um município da Zona da Mata Mineira. Um dos aspectos deste delineamento foi caracterizar a trajetória de alunos portadores de necessidades especiais (PNEs) na educação infantil pública, identificando os diagnósticos: formas de ingresso; tempo de permanência nas unidades educacionais e proposta educacional desenvolvida com estes alunos. | | METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento sobre a matrícula de alunos PNEs nas unidades de educação infantil, a partir dos resultados de pesquisas feitas por integrantes do Núcleo de Pesquisas Políticas Públicas da UFV, sobre o funcionamento da educação infantil municipal nos anos de 2001 a 2003 e registros da Secretaria Municipal da Educação.Foram identificadas três unidades educacionais que atuaram com estes alunos.Usou-se entrevistas semi-estruturadas realizadas nos estabelecimentos educacionais, com quatro professores, um coordenador de unidade e o coordenador geral da educação infantil, para identificar o processo educacional oferecido aos PNEs na educação infantil. Elegeu-se a abordagem qualitativa para as categorias encontradas nos relatos. | | RESULTADOS: Os relatos dos entrevistados nas unidades e do coordenador geral da educação infantil foram complementares, mostrando uma coesão entre as ações ocorridas. O ingresso dos alunos PNEs freqüentemente era solicitado pelos pais junto à coordenação geral e não na unidade educacional, denotando incertezas desta aceitação. O diagnóstico não apresentou uniformidade, sendo feito por especialistas em poucas situações, predominando a identificação feita pelos pais ou professores em casos de deficiência sensorial e física. A permanência nas unidades variou de meses a um ano, com alunos tendo freqüentado mais de uma instituição ou turma, no mesmo ano e em jornada parcial. A idade de ingresso foi de quatro e cinco anos, mas com a retenção por vezes no mesmo nível por mais tempo, aumentando a sua diferença etária na sua escolarização. A coordenação geral buscou subsidiar o trabalho do docente com busca de informações de professores especializados, ou contratando auxiliares para a sala com alunos PNEs.A participação destes nas atividades junto às demais crianças era possível em casos de deficiência física; em outros casos, eram propostas atividades diferenciadas e isoladas dos outros alunos. De forma geral as atividades apresentavam propósitos educacionais imprecisos e sem uma avaliação das mesmas. | | CONCLUSÕES: A diferenciação a partir da solicitação da matrícula até as atividades desenvolvidas com os alunos PNEs caracterizou uma ação mais assistencial e de integração das unidades de educação infantil, uma vez que o atendimento prestado a este aluno neste segmento educacional mostrou a fragilidade do sistema frente à política de inclusão em vigor. Contudo as iniciativas da coordenação geral, embora esparsas e por vezes autoritária, indicaram a possibilidade de realizar parcerias com a comunidade, visando o atendimento educacional na rede pública dos PNEs. Para que tal situação ocorra, um dos percursos possíveis é a discussão em prol de esclarecimentos da política de inclusão, estabelecendo ações necessárias de cada integrante da comunidade e, de forma mais enfática do poder público. | | Instituição de fomento: FAPEMIG | | Trabalho de Iniciação Científica | | Palavras-chave: portadores de necessidades especiais; educação infantil; políticas públicas. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |