| F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Serviço Social - 5. Serviço Social da Saúde | | A REALIDADE SOCIAL DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS, ATENDIDOS PELO HURNP DE LONDRINA. | | Amanda Boza Gonçalves 1 (autor) pesquisa@sercomtel.com.br | Argéria M. S. Narciso 1 (autor) pesquisa@sercomtel.com.br | Maria Tereza M. A. Pereira 1 (autor) pesquisa@sercomtel.com.br | Vera Lúcia Tieko Suguihiro 1 (orientador) pesquisa@sercomtel.com.br |
| 1. Depto. de Serviço Social, Universidade Estadual de Londrina - UEL |
| | INTRODUÇÃO: As pessoas com AIDS enfrentam situações individuais e coletivas marcadas por um processo de preconceito, discriminação, fragilização e perdas, sejam estas econômicas, afetivas e relacionais. Conhecer aspectos do cotidiano das pessoas que vivenciam esta situação é instigante para melhor compreensão da doença e identificação de estratégias de fortalecimento desta população, no sentido de garantir o resgate de seus direitos com todas as dimensões de dignidade e cidadania. | | METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada em Londrina, no Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná -HURNP - envolvendo doentes de aids cadastrados e em acompanhamento ambulatorial, no ano de 2003. A escolha do universo da pesquisa recaiu sobre 45 doentes de AIDS, correspondente ao total de 192 pacientes atendidos. Os dados foram colhidos através de entrevistas semi-estruturadas, compreendidas como um processo de interação social entre sujeitos, como forma de diálogo. A pesquisa teve um caráter quanti-qualitativo. | | RESULTADOS: Os dados evidenciaram que do total entrevistados, 34 tem idade entre 25 a 45 anos. Destes, 26 são mulheres,19 homens. 36% (16) são solteiros; 24% (11) conviventes; 22% (10) separados; 9% (4) viúvos, e apenas 9% (4) casados. Situação profissional, 89% (40) estão desempregados e 7% (3) são autônomos/não contribuintes e apenas 4% (2) estão empregados. O grau de escolaridade: 64% (29) têm 1º grau incompleto; 27% (12) 1º grau completo; 7% (3 ) analfabetos e somente 2% ( 1 ) tem 2º grau completo. Renda familiar: 33% (15) não possuem renda mensal fixa; 45% (21) vivem com até um salário-mínimo; 20% (9) tem renda entre 300 a 500 reais. 67% (30) não têm nenhum tipo de benefício previdenciário; 16% (7 ) recebem benefício assistencial – LOAS; e 17% (8) têm benefícios, assim distribuídos: 4% (2) aposentadoria, 9% (4) auxílio- doença e 4% (2) pensão. Como estratégia de sobrevivência 51% (23) entrevistados utilizam-se da rede de serviços públicos para obtenção de cesta básica e passes urbanos; 49% (22) recebem ajuda de familiares na concessão de moradia, alimentos, roupas e pagamentos de tarifas básicas (água/luz/aluguel). | | CONCLUSÕES: A pesquisa demonstrou uma prevalecia na situação de desemprego, afetando de modo significativo os grupos etários em idade produtiva, provocando perdas prematuras na força de trabalho. Tal condição é agravada pela ausência de vínculo previdenciário, sendo que poucos se enquadram nos critérios seletivos para obtenção do benefício-assistencial, sobrevivendo com ajuda de familiares. Além da doença, com todas as implicações, as pessoas vivendo com Aids enfrentam dificuldades concretas para sua sobrevivência, evidenciando situação de exclusão social. | | | | Trabalho de Iniciação Científica | | Palavras-chave: HIV/AIDS; Realidade; exclusão social. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |