| E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia | | RELAÇÃO ENTRE DANOS MECÂNICOS VISUAIS E QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE ALGODOEIRO Gossypium hirsutum | | Dielle Carmo de Carvalho 1 (autor) diellecarvalho@hotmail.com | Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque 2 (orientador) mariacfa@terra.com.br |
| 1. Graduanda da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária , bolsista PIBIC/DFF/FAMEV/UFMT | 2. Dra Depto de Fitotecnia e Fitosanidade/FAMEV/UFMT. |
| | INTRODUÇÃO: O Estado de Mato Grosso é considerado o maior produtor de algodão do Brasil, com produtividade média de 3.724 kg/ha de algodão em caroço, apresentando alta qualidade de fibra. Para que a produção esperada seja alcançada, o Controle da Qualidade de Sementes é fundamental para o produtor, pois permite detectar falhas nas diferentes etapas de produção, orienta nas decisões referentes ao destino de lotes de sementes, desde a colheita até o armazenamento. Todos os processos de colheita, secagem, descaroçamento, deslintamento, beneficiamento e tratamento que são realizados com as sementes influenciam, de forma mais ou menos acentuada, na perda da viabilidade e vigor. Conhecer essas perdas e minimizá-las deve ser tarefa realizada constantemente dentro do controle de qualidade de uma empresa de sementes. A perda de qualidade é proporcionada principalmente pelos danos mecânicos que ocorrem durante o processamento das sementes, como nas etapas de descaroçamento e deslintamento. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a incidência de danos mecânicos visuais, ocorridos após as operações de beneficiamento, e a sua relação com anormalidades de plântulas, germinação e vigor de sementes. | | METODOLOGIA: Este projeto foi desenvolvido no Laboratório de Análise de Sementes da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso, no período de agosto de 2003 até junho de 2004. As amostras de sementes de algodoeiro, safra 2002/03, variedade ITA-90, foram fornecidas pelo Laboratório da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, sendo as sementes submetidas a testes de teor de água, danos mecânicos visuais (qualidade física), viabilidade (teste de germinação), e de vigor (envelhecimento acelerado, germinação à baixa temperatura, primeira contagem e velocidade de emergência de plântulas). Dos 20 lotes fornecidos, foram utilizados cinco para a avaliação de danos mecânicos visuais (Lotes 1, 2, 9, 15 e 20). Para essa avaliação, as sementes foram separadas em quatro classes: sementes normais (classe 1), sementes amassadas (classe 2), sementes cortadas (classe 3) e sementes fissuradas (classe 4). As sementes sem e com danos (classes 1 a 4) foram colocadas para germinar e as plântulas foram analisadas e separadas em plântulas normais e anormais e contadas também as sementes deterioradas. As anormalidades das plântulas foram comparadas com os testes de germinação, vigor e viabilidade. | | RESULTADOS: Verificou-se que o Lote 9 apresentou menor porcentagem de danos mecânicos em relação aos outros lotes e obteve melhor vigor. Mesmo apresentando grande porcentagem de sementes amassadas, 43%, esses danos não afetaram a qualidade da semente, podendo ser resultantes da sua própria formação. O Lote 2, apresentou 12% das sementes correspondendo a classe 3 e 14,5% na classe 4, sendo que esses danos afetaram a qualidade da semente devido à contaminação de patógenos, ocasionando decréscimos no vigor. Os Lotes 1 e 15, foram os que apresentaram maior quantidade de danos na classe 4. Esses lotes apresentaram vigor baixo para os testes de primeira contagem e germinação à baixa temperatura. Verificou-se que nenhum tipo de dano afetou na emergência de plântulas em campo (emergência em campo ou índice de velocidade de emergência), pois todos os lotes apresentaram altos valores de emergência. | | CONCLUSÕES: Foi possível verificar a incidência de danos mecânicos visuais, ocorridos após as operações de beneficiamento. Sementes amassadas não ocasionam perda de qualidade da semente e sementes cortadas e fissuradas afetam na qualidade da semente, interferindo na germinação e no vigor das plântulas. | | | | Trabalho de Iniciação Científica | | Palavras-chave: sementes; danos mecânicos; qualidade. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |