| E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo | | USO DA GEOESTATÍSTICA COMO FERRAMENTA PARA ESTIMAR O pH DO SOLO | | Marcelo Henrique Siqueira Leite 1 (autor) sleitebrum@ig.com.br | Eduardo Guimarães Couto 1 (orientador) couto@cpd.ufmt.br | José Fernando Scaramuzza 1 (co-orientador) jscaramuzza@uol.com.br | Ricardo Santos Silva 1 (co-orientador) rsamorim@cpd.ufmt.br |
| 1. Departamento de Solos e Engenharia Rural, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. |
| | INTRODUÇÃO: Tendo em vista a grande variabilidade espacial e a morosidade na determinação da maioria dos atributos do solo em números suficientes para representar sua variabilidade, torna a geoestatística uma poderosa ferramenta para produzir mapas que expressem a magnitude desta variabilidade espacial. A geoestatística é utilizada quando uma determinada propriedade do solo varia de um local para outro, com algum grau de organização ou continuidade, expresso através da dependência espacial. A krigagem e a cokrigagem tem sido os métodos mais utilizados para fazer a interpolação de dados que tem dependência espacial, sendo que a krigagem é usada quando as propriedades do solo em estudo apresentam dependência espacial, enquanto a cokrigagem é usada quando além da dependência espacial, existir também relação entre as mesmas. Desta forma, para utilização destes métodos de interpolação, é necessário determinar as dependências existentes, sendo utilizados o semivariograma e o semivariograma cruzado para determinar, respectivamente, as dependências espaciais entre as propriedades do solo. Do exposto acima, objetivou-se no presente trabalho estudar a variabilidade espacial do pH do solo utilizando-se os métodos geoestatísticos da krigagem e cokrigagem, a partir de dados da condutividade elétrica do solo. | | METODOLOGIA: A coleta das amostras de solo foi realizada no município de Pedra Preta – MT em um Latossolo Vermelho distrófico típico de textura argilosa na fazenda Farroupilha, onde foram coletadas as amostras de solos no período de outubro de 2003. Foram coletadas trinta e seis amostras individualmente, em uma malha fixa de 150 x 150 m, com o uso de enxadão e pá-de-corte. Cada amostra foi colocada em balde plástico, homogeneizada e colocada em saco plástico previamente identificado e lacrado. Sendo cada ponto amostrado georreferenciado com o uso de um GPS da marca Garmin 12, de quatro metros de precisão. Nas amostras de solo, após secas em estufa e peneiradas, determinou-se o pH em H2O na proporção 1:2,5, segundo a metodologia da Embrapa (1997). A condutividade elétrica (CE) foi determinada utilizando o equipamento Veris 3100, que consiste num conjunto de sensores de CE com atuação nas profundidades de 0 – 30 cm e até 100 cm, acoplados a um trator. Os pontos foram georrefernciados por um sistema de posicionamento diferencial (DGPS) da Trimble com correção diferencial submétrica. Os dados de pH e CE foram analisados geostatisticamente pelo software Gamma Design 5.0 e com os resultados obtidos foram confeccionados mapas georreferenciados no software Surfer 8.0. | | RESULTADOS: Os valores de pH medidos nas amostras de solo variou de 5,0 a 7,4, apresentando valor médio de 5,6. A partir da análise do semivariograma e do semivariograma cruzado verificou-se a existência de dependência espacial do pH do solo, bem como a dependência do pH com a condutividade elétrica do solo, tornando-se possível a interpolação dos dados com os métodos da krigagem e da cokrigagem. Com a krigagem os valores de pH variaram de 5,3 a 6,3; apresentando um desvio padrão médio dos valores estimados igual a 0,24 unidades de pH, enquanto que com a cokrigagem os valores de pH variaram de 5,0 a 7,3, com um desvio padrão médio dos valores estimados igual a 0,08 unidades de pH, mostrando desta forma que o método da cokrigagem apresentou um desvio padrão médio de krigagem cerca de 3 vezes menor que aquele estimado para a krigagem. | | CONCLUSÕES: O método da cokrigagem apresentou menor valor de desvio padrão médio nas estimativas do pH do solo comparativamente ao método da krigagem, sendo, desta forma, o método mais indicado para fazer a interpolação e mapeamento do pH do solo. Além disso, vale ressaltar que estão sendo feitas análises de correlação de outros atributos do solo com a CE obtida pelo Veris 3100, possibilitando a confecção de mapas dos demais atributos a partir da CE utilizando-se a cokrigagem, e desta forma, propor técnicas de manejo localizado, visando aplicação de insumos agrícolas nos locais corretos e nas quantidades requeridas pelas culturas. | | Instituição de fomento: FINEP/CNPq/FAMEV/UFMT | | Trabalho de Iniciação Científica | | Palavras-chave: variabilidade espacial; krigagem; cokrigagem. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |