| G. Ciências Humanas - 5. História - 8. História Regional do Brasil | | RESGATE DA HISTÓRIA SÓCIO-ECONÔMICA DE VACARIA A PARTIR DE SUA OCUPAÇÃO ATÉ 1930. | | Maria Neli Ferreira Borges 1 (autor) mnfborge@ucs.br | Marcos André Pegorini 1 (colaborador) mnfborge@ucs.br | Valquíria Moschen 1 (autor) vmoschen@ucs.br |
| 1. Depto. de Ciências da Educação, Universidade de Caxias do Sul - UCS |
| | INTRODUÇÃO: No sul do Brasil, a ação político militar, aliada à econômica, conquistou as regiões onde havia a concentração de gado de origem missioneira. Esta estratégia de caráter político, econômico e militar tinha por objetivo firmar a conquista portuguesa no sul do país. A região de Vacaria sofreu este tipo de ocupação por ter sido primeiramente uma reserva de gado dos jesuítas espanhóis, a chamada de Vacaria dos Pinhais, onde a existência do gado representava lucro certo para Portugal. Resgatar a evolução sócio-econômica da região de Vacaria desde a sua ocupação inicial até 1930, através de uma releitura da então Vacaria dos Pinhais e de sua ocupação pelos Portugueses que levou a criação de município de Vacaria, com economia centrada na existência do gado missioneiro, é objetivo deste trabalho. | | METODOLOGIA: Para atingir o objetivo do trabalho a abordagem metodológica é a dialética-histórico estrutural, com relevância nas condições objetivas e subjetivas da ocupação da região de Vacaria. Os dados foram levantados com pesquisa bibliográfica, documental, demográfica e oral. | | RESULTADOS: Após a descoberta da chamada pelo historiador Manuel Duarte da Babilônica Vacaria dos Pinhais, ela como aconteceu em outras áreas do Rio Grande do Sul, passou a ser ocupada por militares e tropeiros para explorarem sua riqueza principal, representada pelo gado. Os mesmos tornaram-se fazendeiros pela concessão de sesmarias que deram origem a unidade básica de produção da região, as fazendas. Foram estas as células geradoras da ocupação do espaço, da economia e da estrutura básica social e cultura da região. Este trabalho com foco centrado na economia buscando a interação do homem com o meio para criar um modelo sócio-econômico viável constatou que na segunda década do século XVIII haviam proprietários na região com posses requeridas algumas chegado a medir três a quatro léguas de comprimento por uma a duas de largura. Foram estes que ocuparam a região, palco de lucrativos negócios devido o gado e a terra. | | CONCLUSÕES: José de Campos Brandemburgo proprietário da chamada Fazendo do Socorro com três léguas de comprimento por ½ de largura foi considerado por muitos um dos primeiros povoadores da região com vários atestados de posse e um despacho do governador da comarca do chamado Continente de São Pedro em 17 de agosto de 1770. Possuía ele em suas terras 800 gado (vaca), 6 bois, 60 cavalos, 800 éguas, 48 potros e 9 burros. Assim o meio físico e econômico aliado a atividade humana impregnaram o caráter da ocupação e evolução sócio-econômica de Vacaria onde as fazendas foram caráter básico de sua estrutura econômica-social e cultural da região. O tipo social que a ocupou ligada as líderes guerreiras e pastoris, ou seja, o militar e os sesmeiros, levaram através das gerações seus estímulos, fazendo a futura cidade de Vacaria adquirir uma unidade histórica, social, política ligada a sua estrutura inicial com formação econômica centrada na terra e no gado. Isto gerou uma cultura derivada do processo que ultrapassou o tempo tornando-se difícil de ser alterada. | | Instituição de fomento: Universidade de Caxias do Sul | | | | Palavras-chave: Econômia; História; Regional. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |