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G. Ciências Humanas - 5. História - 2. História do Brasil |
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ATENTADO NAZISTA EM SERGIPE: A HISTÓRIA DOS TORPEDEAMENTOS DOS NAVIOS MERCANTES BRASILEIROS (1942-1945) |
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Luiz Antônio Pinto Cruz 1 (autor) lapcruz@terra.com.br | Antônio Lindvaldo Sousa 1 (orientador) |
| 1. Depto de História, Universidade Federal de Sergipe - UFS |
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INTRODUÇÃO: A guerra submarina é ignorada ou desconhecida pela maioria dos brasileiros, um importante momento da História do Brasil é tratado como se fosse lenda e até “estória de pescador”. A historiografia nacional ainda é insuficiente para se compreender a complexidade da Grande Guerra Mundial. Um dos objetivos dessa pesquisa foi compreender as atitudes e as percepções da sociedade sergipana diante dos torpedeamentos. Como eles passaram a conviver com a chegada do clima de guerra? |
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METODOLOGIA: Torna-se um desafio prazeroso e surpreendente estudar o cotidiano dos sergipanos nesse período. Para estudar os comportamentos e as representações dos sergipanos no tempo da guerra submarina foram entrevistados homens e mulheres comuns que passaram por vivências diferentes; alguns não sabiam ler, outros eram militares, duas eram crianças, três eram pescadores e outra lavadeira na época. Todos lembraram dos torpedeamentos de uma maneira muito peculiar e de acordo com sua visão de mundo. A pesquisa qualitativa baseada numa análise documental e numa vasta revisão literária, aliada à história oral foi fundamental na reconstituição da dinâmica social. |
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RESULTADOS: Os torpedeamentos não representaram “um mero afundamento de navios mercantes” ou um “aflitivo pesadelo”. Foi um momento especial na história de Sergipe. As recordações mais marcantes deste período dizem respeito à vida cotidiana:a inesperada notícia dos torpedeamentos, o estado de pânico dos náufragos sobreviventes, a grande quantidade de corpos mutilados e deteriorados pelas praias sergipanas, as agitações estudantis e populares, os destroços dos navios; o quebra-quebra na cidade, as perseguições aos sergipanos suspeitos de quinta-coluna, as medidas de segurança impostas pelas autoridade, os ensaios anti-aéreos, as informações nos rádios e, principalmente, a nítida presença do medo. |
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CONCLUSÕES: Portanto, a Segunda Guerra Mundial foi vivida pelos sergipanos através os torpedeamentos dos navios mercantes brasileiros em seu litoral. Ocorrência essa que gerou o pânico e o medo na população local. Foi muito gratificante permitir que as experiências de grupos sociais, antes silenciados ou privatizadas, se reencontrassem com a dimensão histórica. |
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Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial; torpedeamento; Sergipe. |
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