| E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade | | COMPORTAMENTO DOS ADULTOS DE TAMANDUÁ-DA-SOJA | | Marta Grellmann 1, 4, 6 (autor) martagrellmann@bol.com.br | André Guareschi 2, 4, 6 (autor) andreguareschi@bol.com.br | Jerson Carús Guedes 3, 6 (orientador) jerson.guedes@smail.ufsm.br | Alexandre Doneda 4, 6 (colaborador) alexandredoneda@mail.ufsm.br | Charlote Wink 5, 6 (colaborador) charlotewink@bol.com.br |
| 1. Bolsista PIBIC | 2. Bolsista PET | 3. Prof. Dr. Entomologia | 4. Acadêmico de Agronomia | 5. Acadêmico de Eng. Florestal | 6. Depto. de Defesa Fitossanitária, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. |
| | INTRODUÇÃO: A ocorrência de Sternechus subsignatus Boehman, 1836 (Coleoptera: Curculionidae) em soja, data da década de 1970, quando foi considerada praga secundária na cultura da soja. Atualmente, é uma das principais pragas da soja, devido principalmente ao advento do sistema plantio direto, à monocultura da soja, entre outras causas. Este inseto apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo do Rio Grande do Sul à Bahia. É um inseto univoltino, com metamorfose completa, sendo que as fases adultas e larvais coincidem com a época de cultivo da soja. Os adultos raspam as hastes e pecíolos das plantas para alimentação. As fêmeas fazem um anelamento na haste para ovipositar, onde as larvas se desenvolvem, causando uma galha, o que torna a planta suscetível à quebra pelo vento. Por ser uma praga de difícil controle e que possui alto potencial de danos, torna-se essencial o estudo do comportamento do inseto, visando dar subsídios para as ações de controle e amostragem. | | METODOLOGIA: O experimento foi realizado na área experimental do Departamento de Defesa Fitossanitária, na Universidade Federal de Santa Maria, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, na safra agrícola 2003/04. A cultivar utilizada foi Coodetec 205, com espaçamento entre linhas de 0,40 m, na densidade de 400 mil plantas por hectare. A avaliação de comportamento foi realizada durante 48 horas, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2004, quando a soja estava no estádio V6. As unidades experimentais foram quatro gaiolas com dimensões de 2 m x 1,75 m x 1,5 m, sendo que em cada uma foram mantidos dois casais de insetos. Foram observadas as atividades dos insetos, principalmente a localização do inseto na planta e sua movimentação, nos turnos matutino, vespertino e noturno, a cada duas horas. | | RESULTADOS: No início da manhã observou-se a movimentação dos insetos da parte superior da planta em direção ao terço inferior e palhada. Durante a manhã aumentou a movimentação para a parte inferior da planta e palhada. No período vespertino verificou-se que a maior parte dos insetos estavam na palhada. Já as observações feitas ao entardecer demonstraram a movimentação dos insetos para o terço superior da planta, que se intensificou a partir das 22:00 horas. Após este horário os insetos permaneceram na parte superior das plantas, com pouca movimentação dos mesmos até o final da madrugada. Observou-se também que o maior número de cópulas ocorreu durante o dia, principalmente no início da tarde, na haste principal das plantas de soja. Os resultados mostraram que os insetos mantiveram um comportamento diário constante durante o período do experimento, caracterizando o ciclo circadiano. | | CONCLUSÕES: As características etológicas do tamanduá-da-soja indicam que as amostragens para verificação do nível de controle, assim como a aplicação de inseticidas, devem ser realizadas a partir das 20:00 horas até o início da manhã, quando os insetos encontram-se nas partes superiores das plantas de soja. | | Instituição de fomento: Universidade Federal de Santa Maria | | Trabalho de Iniciação Científica | | Palavras-chave: tamanduá-da-soja; comportamento; soja. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |