| F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Serviço Social - 1. Serviço Social Aplicado | | A QUESTÃO DA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA E GÊNERO NA MODERNIDADE: ESTUDO COM UM GRUPO DE USUÁRIAS DAS 2ª E 3ª VARAS PRIVATIVAS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA DE ARACAJU/SE | | Ana Paula Silva Novais 1 (autor) | Ana Maria Vasconcelos Melo 1 (autor) | Priscilla Fontes de Góes Vasconcelos 2 (autor) piugoes@hotmail.com | Amy Adelina Coutinho de Faria Alves 1 (orientador) | Míriam Coutinho de Faria Alves 3 (autor) miriamfaria2002@yahoo.com.br |
| 1. Depto de Serviço Social, Universidade Federal de Sergipe - UFS | 2. Depto de Comunicação Social, Universidade Tiradentes - UNIT | 3. Mestrado de Ciências Sociais, Universidade Federal de Sergipe - UFS |
| | INTRODUÇÃO: A temática central desse estudo ressalta a importância e necessidade de se repensar como concepções a respeito de família e gênero, vêem sendo transformadas a partir dos condicionamentos gerados pela modernidade. O problema objeto desta investigação se refere à análise das representações sociais das usuárias das 2ª e 3ª Varas Privativas de Assistência Judiciária de Aracaju/SE, em relação à concepção que têm sobre família e gênero. O estudo tem como objetivo visualizar possibilidades de reflexão no sentido de que novos caminhos para orientação de práticas sociais dirigidas ao atendimento das famílias, possam ser revistas. | | METODOLOGIA: O estudo é de natureza privilegiadamente qualitativa. Os procedimentos metodológicos combinaram análise documental e entrevistas de história de vida, num total de onze entrevistas que tiveram duração média de duas horas e foram transcritas segundo a técnica de registro cursivo. | | RESULTADOS: Em relação aos resultados da pesquisa, a população alvo é composta por pessoas com baixo poder aquisitivo, constituída em sua maioria por mulheres com faixa etária entre vinte e cinco e quarenta e nove anos, que se encontram em maioria inseridas no mercado informal. Analisamos as concepções das usuárias em estudo em duas fases: no período do namoro e no contexto da vida conjugal. Na fase do namoro visualizamos que o imaginário da família aparece marcado por exigências morais que dizem respeito ao ideal burguês. Neste período, era exigido das moças que tivessem gestos contidos, que respeitassem os pais e mantivessem-se virgens até o matrimônio, porque era algo que trazia honra e nome à mulher. Visualizamos, porém, que algumas fugiam às regras, o que caracterizava a influência do processo de modernidade. Em relação ao período que diz respeito à vida conjugal visualizamos um processo de desestruturação na família, devido à série de fatores que permeiam o contexto atual, ou seja; as relações políticas, econômicas, sociais e emocionais, por meio das quais as usuárias assumem novas posturas, manifestando desejos de consumo, de educação, de trabalho e independência, construindo imaginários com valorações imbricadas na sociedade capitalista, caracterizando as novas exigências femininas na modernidade e as novas concepções de família. | | CONCLUSÕES: As representações sociais destas usuárias guardam características das gerações anteriores, amalgamadas por relações oriundas da modernidade e das transformações da intimidade vivenciadas durante o período do convívio. Esta análise histórica e contextual é de fundamental importância para que possamos subsidiar a ampliação de pesquisas que tenham como temática a família, visualizando a necessidade de implantação e ampliação de políticas públicas destinadas a suprir anseios e carências, subsidiando com isso a prática do Assistente Social no que diz respeito a novas alternativas de intervenção às problemáticas apresentadas pela família. | | | | Trabalho de Iniciação Científica | | Palavras-chave: Família; Gênero; Serviço Social. |
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Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004 |