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C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 3. Ecologia Terrestre
ASPECTOS DA ECOLOGIA DE CUPINS ARBORICOLAS ENCONTRADOS NA BAIA DE MALHEIROS, CÁCERES - MATO GROSSO, BRASIL.
Adriele da Silva 1   (autor)   adrielesilva@hotmail.com
João Paulo Dani 1   (autor)   
Rosangela Magalhães 1   (orientador)   
Simone Nunes da Cruz 1   (autor)   
Iris Gomes Viana 1   (autor)   
1. Depto. de Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
INTRODUÇÃO:
Os cupins ou térmitas, que constituem hoje um grupo à parte, ordem dos isópteros, durante muito tempo não encontrou, na classificação sistemática, lugar que bem lhe enquadrasse, chegando alguns entomólogos a classifica-los como himenópteros devido aos seus hábitos sociais. Nos ecossistemas naturais, os cupins são importantes nos processos de degradação e reciclagem da matéria orgânica, especialmente de material rico em celulose. No Brasil, ocorrem mais de 550 espécies de cupins, das quais não mais de 10% são responsáveis por danos econômicos nas áreas urbanas (construção civil, movelaria, bibliotecas, etc.) e nos sistemas agroflorestais (sementes, plântulas, raízes, troncos, etc.). O trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de cupins arborícolas presentes na Baia do Malheiros, em Cáceres-MT, Brasil.
METODOLOGIA:
O estudo foi realizado na Baia do Malheiros, este fragmento possui uma área aproximada de 16 h, está situado na parte urbana da cidade de Cáceres, à margem esquerda do rio Paraguai no bairro da Cavalhada I. Com a definição de uma trilha a ser pesquisada, efetuou-se a medição do transecto, o qual deu-se uma distância de 435 metros de comprimento. Ao longo da trilha foi feita a contagem dos cupins arborícolas encontrados até 3 metros adentro de cada lado da trilha. A altura dos cupins encontrados foram medidos por estimativa de 1 a 5 e de 5 a 10 metros de altura (solo até o cupim). As árvores com cupins também foram efetuadas medidas de seu diâmetro, através da trena, à altura de 1 metro do solo. A abertura dossel também foi medida utilizando-se um quadrado de tela de 1 m 2, em cada cupim arborícola.
RESULTADOS:
Ao longo dos 435 metros da trilha foram contados e medidos um total de 22 cupins arborícolas. Dos 22 cupins, 19 tinham a altura de 1 a 5 metros correspondente a 86,3%, e 3 cupins apresentaram 5 a 10 metros de altura representando 13,7% do total de cupins arborícolas encontrados. Quanto ao diâmetro da árvore não houve predominância de uma espessura especifica. Entre as árvores com presença de cupins arborícolas o diâmetro das árvores variou entre 20 centímetros a 4,5 metros de espessura. A abertura dossel variou entre 10 a 70%, com maior ocorrência de 20 a 50% de abertura.
CONCLUSÕES:
Através do resultado obtido em relação à altura do cupim, houve grande preferência por locais baixo próximo ao solo, onde a altura variou de 1 e 5 metros, devido a proximidade de alimentos e nutrientes existentes no solo. A grande ocorrência dos cupins arborícolas ao longo do transecto percorrido se deve ao fragmento Baia do Malheiros ser uma área de solo úmido, criando um fator (clímax) favorável para o desenvolvimento de comunidades de cupins arborícolas, os quais habitam preferencialmente as árvores para se protegerem das enchentes que ocorrem periodicamente no fragmento
Palavras-chave:  cupins arborícolas; altura; Baia do Malheiros.

Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004