ESTUDOS GENÉTICOS E EVOLUTIVOS DE PAPAGAIOS, ARARAS E AFINS: CONSERVAÇÃO IN SITU E EX SITU

 

Cristina Yumi Miyaki

Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo

Rua do Matão 277, São Paulo, SP, 05508-900.

 

Os papagaios, araras e afins são popularmente denominados de psitacídeos. Esse grupo de aves agrega um grande número de espécies ameaçadas de extinção. Visando fornecer dados que possam ser úteis na conservação dessas aves, temos utilizado marcadores moleculares para estimar a variabilidade genética e caracterizar a estrutura populacional de diversas espécies, identificar o sexo de espécies que não apresentam dimorfismo sexual externo e compreender melhor a taxonomia e as relações filogenéticas do grupo.

A estimativa da variabilidade genética das populações de vida livre e de cativeiro é importante para apontar grupos que possam estar depauperados de variabilidade e, conseqüentemente, que necessitam ser monitorados com mais atenção. A caracterização da estrutura genética dessas populações silvestres também deve ser considerada para que as suas unidades de manejo possam ser determinadas. Já a identificação do sexo de espécies sem dimorfismo externo é importante para o estabelecimento de pares reprodutores em cativeiro e para conhecer a razão sexual na natureza. Finalmente, compreender a taxonomia e as relações filogenéticas entre os táxons também é uma informação básica para se compreender melhor tal diversidade.

            Esse tipo de informação soma-se a dados das mais diversas disciplinas (como por exemplo, ecologia, comportamento e educação ambiental) no planejamento de programas de conservação. Face ao grande número de táxons ameaçados de extinção no território nacional, é urgente conhecermos melhor o Patrimônio Genético dessa nossa riquíssima biodiversidade, para que ela seja preservada.


Anais da 56ª Reunião Anual da SBPC - Cuiabá, MT - Julho/2004