64ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua) |
A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE QUÍMICA: UMA REFLEXÃO SOBRE O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) EM SALA DE AULA |
Maria Vieira de Brito 1 Francisca Portela da Cunha 1 Diego Veras de Carvalho 1 Felipe Bastos Araruna 1,2 Monialine Santos Sousa 1 Maria de Fátima Cardoso Soares 3 |
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI 2. Universidade Federal do Piauí - UFPI 3. Profa. Ms. em Educação/Orientadora –Instituto Federal do Piauí - IFPI |
INTRODUÇÃO: |
A didática mecanicista e sistemática no Ensino de Química produziu uma Educação Química com mérito classificatório para exames de vestibulares, ocultando a tríade entre Ciências, Tecnologia e Sociedade. Fato como esse gera problemas na aprendizagem e no ensino, propiciando ao docente refletir sobre a importância do professor pesquisador de sua própria prática. O uso de aulas práticas é um mecanismo didático que oportuniza ao docente minimizar as lacunas do trabalho pedagógico, no entanto este não se caracteriza apenas como uma ferramenta que complementa a teoria, mas sim como algo necessário ao novo olhar no Ensino de Química, pois o uso das novas tecnologias de informação e comunicação vem suprindo as necessidades de demonstração ilustrativas e modelos químicos. Entretanto, sabe-se que ainda existem Instituições de Ensino fora dessa realidade educacional, principalmente as públicas que não dispõem de laboratório para tais atividades práticas. Sendo assim, os docentes vêm demonstrando a realidade experimental da Química através de kits multimídia. Objetivo da presente pesquisa é investigar a formação inicial dos professores de Química bem com caracterizar o seu perfil profissional em relação ao uso das tecnologias e informação e comunicação (TICs). |
METODOLOGIA: |
A presente pesquisa é de natureza qua¬litativa, os sujeitos da pesquisa foram 09 (nove) professores da rede Estadual de Ensino da cidade Parnaíba, sendo 05 (cinco) são efetivos e 04(quatro) intitulados substituto, pois estes ainda estão cursando a Licenciatura em Química, o estudo foi realizado em 2011. Como instrumento de coleta de dados foram utilizados o questionário e a entrevista. Preservou-se o anonimato das respostas dadas, assegurando que o desenvolvimento da pesquisa não produziria nenhum tipo de risco ou desconforto para os docentes pesquisados. O questionário consistiu em 08 (oito) questões semi-estruturadas, que permitiram obter informações a respeito da formação docente, importância do conhecimento cientifico com prática social, dificuldades no Ensino de Química e o uso de recurso didáticos inovadores, já a entrevista foram destacadas algumas temáticas que tratavam sobre a habilidade docente em trabalhar com a Química. |
RESULTADOS: |
A análise do questionário revelou que durante a formação de alguns docentes foram trabalhadas muitas teorias sem nenhuma relação prática laboratorial, outros destacaram que a formação especifica (teórica e prática) foi dinâmica, no entanto a base pedagógica deixou algumas lacunas. As maiores dificuldades na Educação Química estão no fato de que muitos alunos não conseguem relacionar o conhecimento cientifico com situações reais. Destacaram que o uso de aulas práticas como método didático inovador é uma boa ferramenta para compreensão científica da teoria, no entanto as escolas não dispõem de um espaço adequado, mas sempre fazem uso de recursos áudios-visuais como data-show e DVDs, pois facilitam a demonstração de ilustrações visuais de experimentos Químicos que aproxima o aluno da realidade científica, já que as aulas práticas algumas vezes se tornam inviáveis. Na entrevista foi discutida a questão sistemática do Ensino de Química, os sujeitos pesquisados afirmaram que o discente necessita desenvolver habilidades técnicas e inovadoras para trabalhar com os cálculos em Química, além disso, o professor precisa trabalhar de forma reflexiva trançando uma relação entre o conhecimento cientifico e o experiencial de forma crítica e reflexiva. |
CONCLUSÃO: |
No Ensino de Química as problemáticas são visíveis e as perspectivas de mudanças em alguns contextos ainda são inquestionáveis, visto que as transformações devem partir de vários sistemas geradores das dificuldades no ensino-aprendizagem. Percebeu-se que as necessidades formativas do docente refletem nas práticas atuais pela percepção da carência durante a formação inicial do docente em Química em relação aos aspectos tanto pedagógicos como específicos. Alguns têm dificuldades em trabalhar a linguagem Química, porém buscam fazer dessas dificuldades uma ferramenta para melhorar o trabalho, fazendo uso de recursos didáticos inovadores com intuito de tornar a Química mais produtiva. Percebeu-se também que o método sistemático de ensino não deve ser desprezível visto que os discentes devem ter habilidades em desenvolver determinados cálculos dentro da Química para aplicação prática. Observa-se que a formação do docente em Química precisa de uma reorganização didática e pedagógica, para que o profissional possa ter capacidade de se auto-avaliar, pois é na formação inicial onde o professor pode se tornar um ser reflexivo e pesquisador de sua ação, para que em sala de aula possa levar os alunos a uma emancipação, uma reflexão do que seria entender a Química e os fenômenos ao seu redor. |
Palavras-chave: Ensino de Química, Prática docente, Tecnologias na educação. |