64ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade
UTILIZAÇÃO DE EXTRATO VEGETAL DE CRAVO-DA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum L.) SOBRE O CRESCIMENTO MICELIAL DE Colletotrichum sp.
Monique Bezerra Nascimento 1
Christiane Almeida da Costa 1
Ana Dulce Botelho Baia 1
Francisco Carlos Oliveira 1
Râmison Flávio Carneiro e Souza 1
Iris Lettiere do Socorro Santos da Silva 2
1. Laboratório de Fitopatologia, Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
2. Profa. Dra./Orientadora - Laboratório de Fitopatologia, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
INTRODUÇÃO:
O Colletotrichum sp. é um patógeno típico das regiões tropicais e subtropicais, onde causa sérios prejuízos a numerosas espécies vegetais cultivadas, por isso seu controle torna-se difícil.Constitui em um dos fungos onde sua ocorrência dá-se em praticamente todas as regiões produtoras no Brasil e também em diversos países. Ataca todos os órgãos aéreos da planta como folhas, botões florais, gavinhas, ramos e frutos. Trabalhos desenvolvidos no controle de fitopatogênicos, através de controle alternativo com extratos de vegetais ou óleos essências vêm mostrando grande sucesso, com isso, pesquisas são desenvolvidas para testar estás novas alternativas para o controle de fitopatógenos em plantas. Por isso frente ao exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação do extrato bruto aquoso (EBA) de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum L.) sobre o crescimento micelial do fungo Colletotrichum sp. obtidos a partir de Heliconias (Heliconia psittacorum).
METODOLOGIA:
O ensaio experimental foi conduzido no laboratório de Fitopatologia na Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA, Belém/PA. O fungo Colletotrichum sp. foi isolado em meio BDA, a partir de lesões foliares da planta ornamental Helicônia (Heliconia psittacorum), e repicado para novo meio de cultura BDA sendo utilizado após 5 dias para o teste com o EBA de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum L.). Para cada extrato foram utilizados 10 g de botão floral seco, colocado em infusão durante 20 minutos, em 100 mL de água destilada esterelizada, posteriormente os homogenatos foram filtrados em gaze e colocados em câmara de fluxo lâminar durante 1 hora, para desinfestação da solução. Os extratos foram adicionados ao meio BDA fundente nas concentrações de 0, 2, 4, 6, 8 e 10 (%). A concentração 0% serviu como testemunha. A avaliação do crescimento micelial foi realizada diariamente, através da medição do diâmetro das colôniase prosseguiu até o momento em que as colônias fúngicas no tratamento controle cobriram todo meio de cultura da placa (9 cm). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos, cinco repetiçõese uma testemunha. As análises foram realizadas através do programa estatístico ASSISTAT, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância.
RESULTADOS:
As médias dos tratamentos foram: testemunha – 8,72a; Extrato a 90% - 8,73a; Extrato a 92% - 8.88a; Extrato a 94% - 9a; extrato a 96% - 8.82a e Extrato a 98% - 8.89a. As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Os resultados indicam que não houve inibição do crescimento micelial do fungo em nenhuma das concentrações do tratamento, o que se percebeu foi o estímulo do crescimento dos mesmos. A concentração de 94% do cravo-da-índia foi o que apresentou o maior estímulo de crescimento com 100% de crescimento micelial.
CONCLUSÃO:
Os resultados obtidos mostram que o extrato de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum L.) não apresentou efeito inibitório sobre o crescimento micelial do fungo Colletotrichum sp. em nenhuma das concentrações.
Palavras-chave: Colletotrichum sp., Controle alternativo, Extrato bruto aquoso.