64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
A INDISCIPLINA DOS ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM ESTUDO DE CASO EM JI-PARANÁ, RONDÔNIA
Claudia Liége Santana Silva 1,3.5
Adalberto Alves da Silva 1,4
Max Fabrício Falone Varelo 1,3,5
Mailon Aguimar de Lima 1,3,5
Ana Quiovett Nascimento 1,2
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO
2. Profa. Esp./ Orientadora
3. Granduando em Licenciatura em Química
4. Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
5. Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID
INTRODUÇÃO:
O problema da indisciplina em sala de aula em todas as escolas têm sido sem dúvida, uma das maiores preocupações existentes entre os educadores em todo o Brasil. O mais importante é descobrir onde e como o problema se manifesta, para então, se encontrar soluções e tentar amenizar o quanto antes a situação. A escolha do assunto a indisciplina dos alunos do ensino médio na escola pública partiu da observação do cotidiano escolar e das inúmeras queixas dos profissionais de uma escola pública sobre a necessidade de estudar o problema da indisciplina em sala de aula, a fim de buscar conhecimentos e possíveis intervenções para a efetivação do ensino e da aprendizagem. Assim, o objetivo deste trabalho é através de uma pesquisa quali-quantitativa, fazer uma análise dos fatores responsáveis pela indisciplina em sala de aula.
METODOLOGIA:
O estudo foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aluízio Ferreira situado no município de Ji-Paraná, região central do estado de Rondônia. Essa pesquisa é caracterizada como um estudo explicativo e descritivo, de natureza qualitativa e quantitativa. A amostra compreende 45 alunos e 12 professores atuantes no ensino médio da unidade escolar citada acima. A metodologia utilizada foi a aplicação de questionários e entrevistas.
RESULTADOS:
A partir dos dados coletados, foram citados pelos professores como principais atos como indisciplinares na escola: merendar na sala de aula 08%,negar a participação da aulas 10%, desrespeito com os professores 12%, sair no corredor na mudança de professor 22%,dispersão 23% ,conversas paralelas durante a aula 25% .Quanto aos alunos identificou-se que eles efetuam relações com “comportamentos” como definição para a indisciplina. Entretanto, a mesma é compreendida, como desrespeito aos professores e colegas e às regras da unidade escolar. Cerca de 45% dos alunos reconhecem uma relação de causa e efeito entre indisciplina e dificuldades de aprendizagem, ou seja, o aluno indisciplinado terá maiores dificuldades em aprender e concentrar-se em suas atividades,apenas para um menor número de 18%,a consideração da indisciplina como um comportamento independente da aprendizagem. Quanto às medidas adotadas pela escola para resolver os problemas de indisciplina, os alunos afirmam que as mesmas são restritas a recursos coercitivos e a punição das manifestações dos alunos, poucas são as tentativas de se verificar o que realmente é a causa destas manifestações e qual sua real ligação com o contexto escolar ou com os procedimentos pedagógicos adotadas neste contexto.
CONCLUSÃO:
O trabalho de investigação que realizamos veio comprovar de que a indisciplina apresentada no cotidiano escolar é um dos principais fenômenos geradores de inúmeras dificuldades, sejam elas, relacionadas às relações professor e aluno, entre alunos, entre direção e alunos. Este fato vem se agravando de tal forma que nem a escola e nem a família conseguem driblar o problema. Outro aspecto observado na escola investigada se refere à necessidade de um maior trabalho integrado e constante entre escola e a família, não apenas no momento em que há algum problema com o aluno, pois dessa forma, a relação apenas se desgasta e não é possível encontrar soluções para as dificuldades, mas que a escola possa contar com a família como efetiva parceira em todos os momentos,também precisam ser revistos para que as mudanças se dêem de forma eficaz. É preciso continuar investindo na melhoria da qualidade do ensino em nossas escolas, para isso é fundamental o maior interesse das políticas públicas na educação, incentivando a formação e aperfeiçoamento do quadro docente, realizando melhorias do espaço físico das escolas, além de contar com a participação efetiva da família e da comunidade.
Palavras-chave: Ensino Médio, Sala de Aula, Prevenção.