64ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia |
CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE Mikania glomerata (guaco) COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE PALMAS -TOCANTINS |
Enia Almeida Silva 1 Sirlene Soares Moura 2 Suzana da Conceição Leite 3 Daiele Alves da Silva 4 Juliane Farinelli 5 |
1. Departamento de farmácia- CEULP/ULBRA 2. Departamento de farmácia- CEULP/ULBRA 3. Departamento de farmácia- CEULP/ULBRA 4. Departamento de farmácia- CEULP/ULBRA 5. Professora Mestre/Orientadora- Centro Universitário Luterano de Palmas- ULBRA |
INTRODUÇÃO: |
O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana. Ainda hoje as plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas desde regiões mais pobres até nas grandes cidades brasileiras. O conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos (Maciel et al, 2001). Segundo Zanori et al (2004) a redução da qualidade de plantas medicinais deve-se ao aumento de sua demanda. Outro agravante da má qualidade deve-se a falta de controle nas etapas de obtenção destas matérias-primas e a falta de profissionais habilitados. Dessa forma, torna-se necessário estudos que avaliem a qualidade destes produtos, visto que a consequente utilização de ervas medicinais contaminadas por microorganismos pode afetar diretamente a saúde do consumidor . O presente trabalho objetivou a realização de controle de qualidade microbiológico de amostras de Mikania glomerata(guaco) coletadas em farmácia, feiras livre e ervanaria da cidade de Palmas –TO. |
METODOLOGIA: |
Amostras da planta Mikania glomerata (guaco) foram coletadas em farmácia, ervanaria e feira livre da cidade de Palmas- TO. A análise da qualidade foi realizada pelo método de semeadura em profundidade (pour plate) utilizando como meio de cultura o ágar caseína soja (Zanori el al, 2004). Pesou-se 1 g de cada amostra e diluiu-se em 9 ml de água destilada. Após homogeneização, foram realizadas diluições sucessivas, sendo semeados em profundidade 1,0 mL de cada diluição em meio de cultura Agar caseína soja. Analisou-se também a água. As placas foram incubadas em posição invertida a 36ºC ± 2ºC por dois dias. Realizou-se a contagem de colônias (UFC/g) com o auxílio de contador de colônias automático (modelo Q2968). As amostras que apresentaram crescimento foram submetidas a coloração de Gram. Todas as análises foram realizadas em triplicata. Os resultados obtidos foram comparados com a Farmacopéia V edição (2011). Os resultados apresentados correspondem a média de três repetições. Todos os experimentos foram realizados no laboratório de análises microbiológicas do Centro Universitário Luterano de Palmas. |
RESULTADOS: |
As amostras coletadas em farmácias apresentaram carga microbiana de 2,5 x 103UFC/g, enquanto as amostras coletadas de ervanaria apresentaram crescimento de bactérias de 3,0 x 103 UFC/g.Nas amostras de feira livre houve crescimento de microorganismos de 1,4 x 106UFC/g. A coloração de Gram realizada nas amostras demonstrou que os microorganismos contaminantes eram bactérias gram-negativas. A recomendação da Farmacopéia Brasileira determina que o limite de contaminação por bactérias gram-negativas não deve exceder 103UFC/g. Sendo assim, todas as amostras estudadas excederam o limite aceitável de contaminação conforme a literatura. Tal fato pode ser devido à falta de controle nas etapas de colheita e armazenamento, além de poder estar ligado a falta de higienização dos manipuladores. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados obtidos no controle microbiológico demonstraram que todas as amostras de Mikania glomerata (guaco) analisadas não estavam em conformidade com a legislação vigente. |
Palavras-chave: Controle microbiológico, Guaco, Tocantins. |