64ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências |
USANDO UM SOFTWARE EDUCACIONAL NO ENSINO DE FÍSICA E MATEMÁTICA |
Alan Freitas Machado 1 Rafael Levy Abel Siqueira 2 Thomaz Jacintho Lopes 2 |
1. Prof. Dr./ Orientador - Depto. de Física Teórica - UERJ 2. Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Física - UERJ |
INTRODUÇÃO: |
No Brasil, estudantes do ensino médio enfrentam grandes problemas quando o assunto em sala de aula é de física e matemática. Estas dificuldades, que foram "arrastadas" desde a escola primária, têm afetado principalmente a compreensão dessas disciplinas na análise e interpretação dos problemas relacionados a eles. Além disso, a falta de conhecimento mínimo de matemática acarreta problemas na formação de estudantes universitários. Hoje em dia o ensino da Física foi "taxado" como chato, logo esquecida por muitos estudantes. Daí a necessidade de criar um software que seja atraente para esses alunos, de uma forma que reforce a vontade de buscar conhecimento além do tradicional lápis e papel. O uso de ferramentas computacionais que têm a finalidade de proporcionar um laboratório virtual que é capaz de mostrar como os fenômenos físicos e matemáticos acontecer de forma rápida e eficaz. No entanto, tal modelagem requer que o aluno precise se preocupar com a interpretação e as equações matemáticas envolvidas na experiência, não só o "velho como se faz" mas também "por que" e "para que". Uma dessas ferramentas é o software Modellus. O software permite que alunos e professores realizarem experiências de fenômenos físicos e matemáticos, onde se pode analisá-los de uma forma mais detalhada. |
METODOLOGIA: |
O principal objetivo da pesquisa não é apenas dados quantitativos, mas também qualitativos. Para a obtermos resultados plausíveis na pesquisa, propomos uma ideia mais centrada na prática docente. A pesquisa na escola foi realizada como se segue: A pesquisa foi realizada com um grupo de estudantes do ensino médio do Colégio Estadual Paulo de Frontin, no período de dois meses. A turma foi dividida em dois grupos A e B de dez alunos cada e supervisionado por um professor. A atividade continuou como se segue: a) No grupo A o professor não usou o software. b) No grupo B o mesmo professor, com o mesmo conteúdo, usou o software. Na primeira apresentação do programa, os alunos e o professor tiveram desconfiança do software. Após a apresentação, tanto o professor e os alunos começaram a interagir com o software Modellus. c) O professor, compreendendo a facilidade de manuseá-lo, a fim de criar novos exemplos, observou que os estudantes tinham uma melhor facilidade para compreender os conceitos em relação ao grupo A. d) No final do projeto desenvolvido, o professor recolheu os pareceres dos estudantes. Aceitação do software pelos alunos: 25% disseram que o software foi excelente; 30% disseram que o software era muito bom; 25% disseram que o software era bom; 20% disseram que o software foi regular. |
RESULTADOS: |
Durante a aplicação, o grupo que utilizou o software mostrou uma capacidade de desenvolver e compreender os conceitos, fenômenos físicos e uma melhor capacidade de aplicar a matemática como uma ferramenta significativamente melhor em relação ao outro grupo. |
CONCLUSÃO: |
O grupo que utilizou o software, apesar de não ter conhecimento inicial ou mesmo interesse, pode entender com mais facilidade as mesmas coisas abordadas no grupo que não utilizou o software. Também depende da possibilidade de construir diferentes situações com diferentes propriedades e conceitos. Sabemos que quem deve escolher o melhor software para a sala de aula é o professor da disciplina, pois ele está em contato direto com os alunos e, assim, tentar representar visualmente conceitos mal compreendidos por eles. |
Palavras-chave: Modelagem computacional, Modellus, Software educacional. |