64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade |
TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA, in vitro, DE JUVENIS DE Meloidogyne spp EM MASSAS DE OVOS NA AUSÊNCIA DE UMIDADE |
Juliana Maria Viana Barros 1 Hemerson Ferreira de Albuquerque 1 Maria da Conceição Beserra Martins 1 Fabiana de Albuquerque Amarante 1 Silvana Maria da Costa Correia 1 Carmem Dolores Gonzaga Santos 2 |
1. Depto. de Fitossanidade - UFC 2. Profa. Dra./Orientadora – Depto. de Fitossanidade - UFC |
INTRODUÇÃO: |
Os nematóides das galhas são patógenos de larga importância na agricultura em razão dos danos provocados a numerosas hospedeiras. Quando introduzidos na área o controle torna-se difícil, pois sobrevivem em plantas alternativas ou em massas de ovos em fragmentos radiculares no solo. Para controlá-los recomendam-se métodos físicos, culturais, biológicos e nematicidas. Estes são caros, tóxicos e contaminam o ambiente. Novas pesquisas têm buscado nos produtos naturais, alternativas para o controle de nematóides visando o pequeno produtor. Diante disto, objetivou-se com este trabalho definir o tempo de sobrevivência de ovos/J2 em massas retiradas de raizes de tomateiro, para possibilitar adequação nas práticas de controle em áreas infestadas com Meloidogyne spp. |
METODOLOGIA: |
Inicialmente, plantas de tomate ‘Santa Clara’ foram inoculadas com Meloidogyne spp para a multiplicação do patógeno em casa de vegetação. Para a realização do ensaio em laborátorio, um total de 40 massas de ovos, todas de aspecto caramelo indicando tempos semelhantes da oviposição, foram retiradas das raízes com auxilio de estilete, e sob observação ao microscópio estereoscópio. As massas de ovos foram acondicionadas, individualmente, em placas de Petri forradas com papel de filtro seco, fechadas e mantidas em temperatura ambiente ( 28°C ) por períodos de 0, 2, 4, 7 e 10 dias, empregando-se 8 placas por tratamento. Decorrido cada tempo, transferiram-se as massas de ovos para placas de Petri com água destilada para se avaliar a eclosão de J2 durante um período de 7 dias, procedendo-se a contagem diária dos juvenis eclodidos. Ao término da semana de observação, o número de J2 foi devidamente registrado para cada tratamento considerando as 8 massas de ovos. |
RESULTADOS: |
Observou-se a maior eclosão de J2 no tratamento referente ao tempo de 0 dia, quando as massas foram retiradas das raízes e imediatamente colocadas em placa de Petri com água. A média registrada para as 8 massas de ovos foi de 287,25 juvenis eclodidos. Nos demais tratamentos, a eclosão de J2 foi bastante reduzida, sendo observado um total de 27 juvenis eclodidos a partir de massas que permaneceram 2 dias na ausência de umidade. Este número decresceu para 16 indivíduos eclodidos no tratamento em que o tempo foi de 4 dias e para zero juvenis eclodidos quando o período de permanência em papel de filtro foi superior a 7 dias. Esses dados sugerem que a ausência de umidade para as massas de ovos por pelo menos 24h, já afeta bastante a eclosão de J2. Os dados foram consistentes para todas as massas de ovos testadas em laboratório. A casualidade da extração das massas de ovos das raízes de tomateiro, seu aspecto uniforme, como também o resultado da alta eclosão observado para o tratamento de 0 dia, demonstra a viabilidade dos juvenis presentes no interior das massas de ovos testadas. |
CONCLUSÃO: |
Constatou-se que os juvenis (J2) eclodiram de massa de ovos acondicionadas por até 4 dias, sendo menor a eclosão com a extensão do tempo sem umidade, sugerindo que a eclosão dos juvenis pode ser mais reduzida quando as massas de ovos permanecem em solos secos por no mínimo uma semana. |
Palavras-chave: nematóides das galhas, eclosão, forma infestante. |