64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia
DO ENSINO DE CARTOGRAFIA NA UNIVERSIDADE À CARTOGRAFIA QUE SE ENSINA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Joelson Alves Diniz Ribeiro 1
Ronaldo dos Santos Barbosa 2
1. Depto de História e Geografia - UEMA
2. Prof. Msc./ Orientador - Depto de História e Geografia - UEMA
INTRODUÇÃO:
Discutir as dificuldades acerca do ensino na Educação Básica e dos seus relativos programas e currículos, não é uma pueril tarefa. A realidade que muitas escolas vêm apresentando se constituem dentro de um dificultoso emaranhado consenso, onde listar as dificuldades, os contrapontos e ao mesmo tempo determinar soluções pode até parecer fácil, porém não tem sido tão simples assim. Dessa forma surgem várias discussões voltadas para a temática “Do Ensino de Cartografia na Universidade à Cartografia que se Ensina na Educação Básica”. Tendo em vista a problemática que cerca a Disciplina de Geografia no Ensino da Educação Básica, e diante da presença desatinada de algumas dificuldades que giram em torno das Disciplinas Cartografia e Prática de Ensino: Experimentação em Cartografia, na Universidade, o projeto vem indicar encontros e desencontros entre as perspectivas e o arquétipo de aprendizagem e ensino. O projeto é desdobrado a propósito da linha de pesquisa a Cartografia Escolar, que se revelou dentro de discussões levantadas em grupos de estudos que sempre acontecem no LabCartE, Laboratório de Cartografia e Ensino, onde alunos do Curso de Geografia Licenciatura reunidos debatem assuntos relacionados à Cartografia e o ensino de Geografia na Educação Básica.
METODOLOGIA:
Aliando teoria e prática com os objetivos centrados a partir de uma reflexão crítica o projeto tem como desígnio analisar os encontros e desencontros entre a Cartografia ensinada na Universidade e a Cartografia ensinada na Educação Básica na disciplina de Geografia, destacar a importância da Cartografia Escolar no processo de alfabetização cartográfica do estudante da educação básica e indicar os encontros e desencontros entre a cartografia ensinada no CESI/UEMA e a ensinada nas escolas públicas de Imperatriz e diagnosticar os principais problemas encontrados pelos professores tanto no CESI/UEMA quanto na rede pública de ensino. A metodologia deste trabalho vem desde o levantamento bibliográfico, à aplicação de questionários direcionados a professores de Geografia do CESI/UEMA e a professores de escolas da rede pública de Imperatriz.
RESULTADOS:
Os resultados e discussões aqui descritos identificam ideias e decorrências que foram notadas desde o processo inicial da pesquisa até a apresentação de resultados. Os resultados revelam realidades constatadas dentro do Ensino da Educação Básica e de alunos do Ensino Superior. A presente pesquisa se perpetrou dentro da integração de respostas abonadas por professores da Educação Básica e por Licenciados em Geografia, onde se verifica que: a Licenciatura em Geografia vem formar profissionais para atuarem nas séries de 6ª ao 9ª do ensino fundamental e nas séries do Ensino Médio, no entanto, quando se afrontam com a sala de aula, muitos se sentem inseguros. A preocupação de muitos no curso de Licenciatura em Geografia é em saber como se portar em sala de aula e como aplicar conteúdos relacionados à Cartografia. Os professores de Geografia da educação básica em sua maioria sentem falta de melhores condições para trabalharem com mapas e com outros recursos tais como o globo e o atlas, muitas escolas não disponibilizam esses recursos didáticos. Outro fator a ser argumentado está voltado à necessidade de maior fundamentação teórico prática para este trabalho, ou a carga horária não seria suficiente para desenvolver outras atividades ligadas a ensino da Geografia.
CONCLUSÃO:
Partindo de informações prévias produzidas por professores da Educação Básica e por alunos graduandos em Geografia Licenciatura é possível constatar que existe uma gama de percepções sobre o tema proposto. A Cartografia e a Geografia são objetos inseparáveis, rescindir uma da outra é consequentemente dilacerar uma linha a ser seguida, pois as duas se integram. A Cartografia trará ao aluno um composto de entendimentos para a sua própria formulação de noções e de compreensão do espaço. No processo de ensino aprendizagem é necessário que se estabeleça o uso da linguagem cartográfica como uma metodologia inovadora e essencial, na medida em que permite compreender por meio de uma linguagem as observações abstratas e representações de realidade mais concretas. Assim o professor estará contribuindo para o desenvolvimento do senso critico do aluno. Quanto à formação de professores vale destacar que há necessidade de uma maior verificação na formação, na competência, e no currículo do professor, para que assim possam desenvolver um trabalho mais eficiente na Educação Básica, já que estão preparando futuros profissionais para o mercado de trabalho. Logo, cada um dos profissionais da Educação deve estar apto a buscar sempre o aprimoramento das suas técnicas de ensino e do conhecimento.
Palavras-chave: Ensino, Educação, Cartografia.