64ª Reunião Anual da SBPC

E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo

ADUBAÇÃO EM FEIJÃO CAUPI COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO EM SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO

Diego Correia Sodré 1 Anderson Rodrigues Nunes 1 Laís Pinto da Rocha 1 Vicente Filho Alves Silva 2 Nilvan Carvalho Melo 3 Jessivaldo Rodrigues Galvão 4

1. Discentes do Curso de Agronomia - Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA 2. Depto. Engenharia Rural, UNESP/FCAV - Jaboticabal-SP 3. Inst.de Ciências Agrárias (ICA)/UFRA 4. Dr./Orientador - Inst.de Ciências Agrárias (ICA)/UFRA

INTRODUÇÃO:

O feijão caupí [Vigna unguiculata (L) Walp] destaca-se como importante cultura econômica para os Estados da região Norte e Nordeste. A grande produção na região atende toda a demanda do Estado do Pará e o excedente é exportado para o Nordeste (SANTANA e SANTOS 2000). Com o advento do sistema plantio direto (SPD), inúmeros são os benefícios nas propriedades físico-químicas do solo, dentre eles, maior crescimento das raízes, conferindo maior capacidade de absorção de água e nutrientes para as plantas (CONCEIÇÃO et al., 2005; BOER et al., 2007). A fixação biológica de nitrogênio tem se mostrado indispensável para a sustentabilidade da agricultura brasileira, haja vista o fornecimento de nitrogênio as culturas com baixo custo econômico e impacto ambiental reduzido (HUNGRIA et al., 2007). O potássio nos solos tropicais é normalmente baixo ou muito baixo, sendo um dos nutrientes que mais limita a produção de caupí (MELO et al., 2005). Assim, é necessário preserva-los com adubação potássica para garantir o desenvolvimento das culturas (KAMINSKI et al., 2007). Com isto, objetivou-se avaliar a aplicação de nitrogênio e potássio, em dois sistemas de manejo do solo (plantio direto e plantio convencional), sobre a produção e massa seca da parte aérea do feijão caupí.

METODOLOGIA:

O experimento foi conduzido de agosto a dezembro de 2011, em área experimental da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus Belém, em solo classificado como LATOSSOLO AMARELO Distrófico (Embrapa 2006). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em fatorial 4 x 2 com quatro repetições. Os tratamentos foram quatro aplicações de adubos (0, N, K e NK) utilizando-se a ureia como fonte de N, e o KCl como fonte de K, em dois sistemas de manejo (plantio direto e convencional). A área de implantação foi de 800m2, com espaçamento da cultura de 0,5 x 0,5 m e tamanho da parcela de 2,5 x 10 m. Foi feita a aplicação 2,7 t ha-1 de calcário (PRNT 85%) para se corrigir a acidez do solo, 15 dias após a correção iniciou-se o plantio, sendo a adubação feita na linha de plantio e em cobertura após 11 dias. A colheita foi feita apenas nas linhas centrais que correspondem a área útil, e a umidade dos grãos ajustadas para 13%. Foram coletadas duas plantas ao acaso para avaliação de produção de massa seca da parte aérea e a produtividade foi obtida através da colheita de cada parcela experimental. O tipo de manejo e as diferentes adubações foram submetidos a analise de variância, e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

RESULTADOS:

Os valores de massa seca da parte aérea mostraram significância pelo teste de Tukey (p < 0,5) de forma isolada para os manejos adotados, sendo que para os adubos aplicados e sua interação com os sistemas de manejo não houve diferencia estatística. Observa-se ainda, que o preparo convencional (10,16 g planta-1) foi superior ao SPD (8,42 g planta-1), onde conseguiu acumular 20,7 % a mais de massa seca na parte aérea da planta. Para os dados de produtividade de grãos do caupi, houve influência isoladamente para sistemas de manejo (p < 0,1) e para aplicação de adubos (p < 0,1), não havendo interação entre os mesmos. A produtividade máxima atingida foi de 2116,8 kg ha-1, com a utilização de nitrogênio e potássio na adubação. Esse comportamento mostra que utilização K estabelecida nos tratamentos foi adequada, já que houve incremento significativo quando comparado com o tratamento controle 1244,8 kg ha-1. Quanto à produtividade para os sistemas de manejo, o plantio convencional (1962,9 kg ha-1) foi superior cerca de 50% ao SPD (1323,9 kg ha-1). Tais resultados discordam da produtividade encontrada por Galvão (2011), onde trabalhando com sistemas de manejo e doses de potássio, verificou maior produtividade para o SPD (1589 kg ha-1), quando comparado com o convencional (1383 kg ha-1).

CONCLUSÃO:

O plantio convencional resultou em maior produtividade de grãos e massa seca da parte aérea da cultura do feijão caupi. A aplicação de fertilizantes aumentou consideravelmente a produtividade e o acumulo de matéria seca na parte aérea da planta, sendo recomendado pelo trabalho a utilização de N e K em conjunto.

Palavras-chave: Fertilizantes, Melhorias no solo, Vigna unguiculata L..