64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
PRODUÇÃO DE MUDAS DE ACEROLEIRA (Malpighia emarginata) POR ESTAQUIA |
Herika Rocha Esposito 1 Flavia de Aquino de Cutrim 1 Adeval Alexandre Cavalcante Neto 1 Aulanna Freitas Silva de Sousa 1 Leanderson Fonseca Chaves 1 Cecília Teresa Muniz Pereira 1 |
1. IFMA/Campus Codó |
INTRODUÇÃO: |
A aceroleira (Malpighia emarginata) é uma planta frutífera originária das Antilhas que se encontra dispersa em várias regiões do mundo, estabelecendo-se particularmente em ecossistemas tropicais e subtropicais do continente americano. O fruto apresenta-se como uma excepcional fonte natural de vitamina C, sendo capaz de suprir as necessidades diárias de uma pessoa adulta com apenas três frutos diários (BLISKA; LEITE, 1995). A variabilidade genética existente no cultivo da acerola é claramente observada em pomares comerciais onde se encontram matrizes obtidas por sementes, com hábito de crescimento diferenciado e produção de frutos quantitativa e qualitativamente heterogênea. Esse fato vem causando grandes transtornos ao sistema de produção, pois dificulta a execução racional de todas as práticas culturais, desorganizando, principalmente, o sistema de comercialização da propriedade. Consciente dessa realidade objetivou-se com o presente trabalho, avaliar o desenvolvimento de diferentes comprimentos de estacas de acerola produzidos em diversos substratos no IFMA Campus Codó-MA. |
METODOLOGIA: |
A pesquisa foi conduzida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Campus Codó. As estacas para a produção das mudas foram coletas do próprio Instituto, sendo retiradas de estacas caulinares semilenhosas com 10 e 15 cm de comprimento, cortadas com auxílio de uma tesoura de poda transversalmente próximas a uma gema, na base, e horizontalmente na parte superior. Após a coleta as estacas foram acondicionadas em recipientes com água para evitar a desidratação, e posteriormente feita a seleção das mais uniformes, onde removeu-se parte de suas folhas, deixando-se 2 pares na ponta da estaca, sendo que, destas folhas, foi deixada apenas 1/3 da área foliar. Os tratamentos consistiram: T1) estacas de 10 cm com substrato de terra preta; T2) estacas de 15 cm com substrato de terra preta; T3) estacas de 10 cm com substrato de terra preta + esterco caprino; T4) estacas de 15 cm com substrato de terra preta + esterco caprino; T5) estacas de 10 cm com substrato de terra preta + esterco bovino e T6) estacas de 15 cm com substrato de terra preta + esterco bovino. As variáveis estudadas foram: número de folhas/planta (NF); comprimento médio da raiz principal (CMR); matéria fresca do sistema radicular (MFSR) e matéria fresca da parte área (MFPA). |
RESULTADOS: |
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para todas as variáveis analisadas os dados demonstram que T1 obteve os melhores resultados, apresentando diferença significativa a T6, que por sua vez, obteve as menores médias. Diante dos dados observou-se que, quando comparado os tamanhos das estacas plantadas no mesmo substrato, as de 10 cm alcançaram melhores resultados do que as de 15 cm. |
CONCLUSÃO: |
O tratamento formado por 100% Terra Preta com estaca de 10 cm (T1) proporcionou mudas com melhores resultados para as todas as variáveis analisadas, sendo, portanto o mais indicado para a produção de mudas de aceroleira por estaquia. Por outro lado observou-se que as estacas com 15 cm de comprimento, independente do substrato, não são viáveis para a produção das mudas, uma vez que apresentaram resultados insignificantes do ponto de vista agronômico. |
Palavras-chave: mudas, propagação, estaquia. |