64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 5. Educação de Adultos
AMOR PARA SENTIR, LER E ESCREVER: ELEVAR A AUTOESTIMA PARA OTIMIZAR O LETRAMENTO DE JOVENS E ADULTOS
Darlene Simone Almeida de Miranda Oliveira 1
1. Prefeitura Municipal de Camaragibe - Sec. de Educação
INTRODUÇÃO:
Sabemos que muitos estudantes de Educação de Jovens e Adultos, principalmente nas turmas de alfabetização, apresentam baixa autoestima e desencadeiam sentimentos de fracasso por não estarem no nível que gostariam ou que a sociedade exige, como também porque acreditam ser a idade um empecilho para aprender. Diante dessa realidade, surgiu a necessidade de vivenciar atividades que elevassem a autoestima e ao mesmo tempo proporcionassem mais segurança no aprendizado.
METODOLOGIA:
Inicialmente apresentamos uma lista com nomes de pessoas e atividades bem sucedidas desenvolvidas por elas na maturidade. Destacamos a escritora Cora Coralina que lançou seu primeiro livro aos setenta e seis anos de idade e conhecemos sua biografia. Em seguida, apresentamos réplicas do pintor Joan Miró e também sua biografia, reforçamos a informação de que ele produziu grandes obras até os noventa anos de idade, para que ficasse claro para os estudantes que a idade não deve ser encarada como uma barreira. Algumas releituras foram realizadas e expostas em mural. Paralelamente apreciamos músicas de incentivo a fim de promover reflexões positivas na turma, “ O que é, o que é? “ de Gonzaguinha, “ Tente outra vez “ de Raul Seixas, “ Amanhã “ de Guilherme Arantes, entre outras.
Na etapa seguinte, observamos imagens de autorretratos de alguns artistas: Tarsila do Amaral, Portinari, Frida Kahlo, Van Gogh e propomos que produzissem seu autorretrato, porque evidenciar marcas pessoais é uma forma de demonstrar segurança. Também registramos a Linha de Tempo de cada um e suas histórias de vida, relatadas nas rodas de conversa,que transformados em textos serviram de suporte para atividades de letramento.
RESULTADOS:
À medida que o projeto se desenvolvia os estudantes iam demonstrando mais segurança tanto nas expressões orais quanto nas escritas. Revelar idade, histórias de vida, admitindo que estavam dispostos a aprender já não era motivo de vergonha. Os trabalhos produzidos foram organizados para socialização em um portfólio, o que contribuiu bastante para que cada um fosse acompanhando suas evoluções na construção das aprendizagens que se tornavam de fato, significativas.
CONCLUSÃO:
Percebemos o quanto a baixa autoestima interfere negativamente na aprendizagem, percebemos também que não é fácil superar bloqueios surgidos ao longo da vida. O resultado não é imediato, mas é possível ser construído e a escola tem papel fundamenta no sentido de acreditar e desenvolver atitudes positivas, oferecendo atividades criativas e desafiadoras aos estudantes de Educação de Jovens e Adultos
Palavras-chave: Autoestima, Letramento, Aprendizagem.