64ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
A NECESSIDADE DE INSERÇÃO DO NUTRICIONISTA NO AMBIENTE ESCOLAR PARA MELHORIA DA ALIMENTAÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO DO ESTADO DO PARÁ
Stefanie Braga Maia de Sousa 1
David Américo de Assunção Júnior 1
Karla Candice Aguiar Ferreira 1
Pedro Ruan Chaves Ferreira 2
Réia Sílvia Lemos 3
1. Faculdade de Nutrição, ICS - UFPA
2. Faculdade de Medicina, ICS - UFPA
3. Profa. Dra./Orientadora - FANUT - ICB/UFPA
INTRODUÇÃO:
A alimentação e nutrição constituem direitos humanos fundamentais consignados na declaração universal dos direitos humanos e são requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde. Atualmente o contato mais frequente de adolescentes com alimentos industrializados (potencialmente calóricos e com teor de sódio e conservantes elevados) proporcionam uma grande tendência para obtenção de patologias crônicas não transmissíveis que com o passar dos anos podem levar a morbidade desta população e nesse contexto escolar o nutricionista como profissional da saúde é imprescindível na diminuição do consumo excessivo desses alimentos através da instrução alimentar voltada aos pais e filhos (alunos) na obtenção de uma alimentação adequada assim como no auxilio de prevenção das doenças ocasionadas por uma má alimentação. O projeto “Comandos de Educação em Saúde: ações promotoras de saúde e a realidade social no DAGUA” almejou por meio desta ação conscientizar e melhorar a qualidade de vida desses adolescentes demonstrado por meio de palestras a importância de uma alimentação adequada para melhorar a qualidade de vida e a importância da inserção de um nutricionista no âmbito escolar promovendo o esclarecimento da importância de uma boa alimentação.
METODOLOGIA:
O projeto “Comandos de Educação em Saúde: ações promotoras de saúde e a realidade social no DAGUA” possui ações extensionistas (palestras/dinâmicas de grupo) e de pesquisa, por meio de aplicação de questionário semi-estruturado (perguntas abertas e fechadas), de sondagem individual, baseadas no questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) modificada. Este questionário foi aplicado em uma escola estadual de ensino médio de Belém, parceira do projeto. Foram utilizados os ambientes de sala de aula e as áreas de recreação/alimentação da escola. Nas palestras utilizou-se de recursos multimídia e dinâmicas de grupo. As atividades foram desenvolvidas em diferentes dias e o questionário foi aplicado à amostra aleatória de estudantes. Os dados foram agrupados para a análise estatística no Microsoft Office Excel 2007®.
RESULTADOS:
A pesquisa consistiu de 108 alunos, que questionados sobre a frequência alimentar dos 7 dias anteriores observou-se maior consumo e aceitabilidade de alimentos pouco saudáveis como refrigerantes (22% consumiram diariamente, 93% gostam do mesmo), guloseimas (32% consumiram diariamente e 89% gostam) e 20% consomem biscoitos salgados todos os dias e 93% gostam de consumi-lo. Contrariamente, alimentos saudáveis como salada crua tiveram menor consumo (45% dos alunos não consumiram durante os sete dias anteriores). Outro fator importante para uma alimentação saudável é a realização das refeições com os responsáveis que apresentou um alto percentual (46%), entretanto 48% realizam refeições em frente à televisão, caracterizando um mal hábito alimentar visto que ao assistir a TV a atenção se prende a essa ação fazendo com que ocorra a diminuição do controle da ingestão alimentar (para menor ou maior ingestão). Foi analisado que apenas 15% haviam ido ao nutricionista, sendo que muitos alunos chegaram a questionar a função do profissional de nutrição, demostrando a necessidade de divulgação/reconhecimento desta profissão. A extensão, que atingiu 500 alunos, possibilitou esclarecimento da funcionalidade da alimentação saudável e seus benefícios para a saúde e o bem-estar.
CONCLUSÃO:
Os alunos pesquisados apresentam hábitos pouco saudáveis quanto à alimentação, e a presença dos responsáveis pode ser agente de mudanças, aliando-se também o esclarecimento das boas práticas alimentares. Estas dificuldades poderiam ser supridas com a atuação do nutricionista e mudanças de hábitos que foram explicitadas nas palestras ministradas com os temas de alimentação saudável e distúrbios ocasionados por uma má alimentação. Estas palestras mostraram-se eficazes como ferramentas para a melhora da percepção alimentar dos pesquisados, assim como o esclarecimento sobre a função do profissional de nutrição que tem papel importante na promoção e manutenção de uma vida saudável por meio da avaliação, correção e orientação dos hábitos alimentares.
Palavras-chave: Alimentação adequada, Nutricionista, Frequência alimentar.