64ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia |
FREQUÊNCIA DOS CRIADOUROS DE Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) E Aedes albopictus (SKUSE, 1894) (DIPTERA: CULICIDAE) EM BAIRROS DA CIDADE DE CAXIAS, MARANHÃO |
Aylane Tamara Dos Santos Andrade 1 Jerônimo Abreu Costa Júnior 2 Maria dos Remédios Araujo Vieira Neta 3 Katiane dos Santos Lobo 4 Joelma Soares da Silva 5 Valéria Cristina Soares Pinheiro 6 |
1. Depto. De Química e Biologia – QUÍBIO, Universidade Estadual do Maranhão/Centro de Estudos Superiores de Caxias – CESC/UEMA 2. Depto. De Química e Biologia – QUÍBIO, CESC/UEMA 3. Depto. De Química e Biologia – QUÍBIO, CESC/UEMA 4. Depto. De Química e Biologia – QUÍBIO, CESC/UEMA 5. Depto. De Química e Biologia – QUÍBIO, CESC/UEMA 6. Profa. Dra./Orientadora- Depto. De Química e Biologia – QUÍBIO, CESC/UEMA |
INTRODUÇÃO: |
A dengue é a arbovirose de maior incidência no mundo, e está presente em todos os continentes, exceto na Europa. É uma doença febril aguda causada por quatro tipos de vírus do Gênero Flavivírus, da Família Flaviviridae, e transmitida por mosquitos do Gênero Aedes – Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus) e Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse). Cerca de dois terços da população mundial vive em regiões infestadas com mosquitos vetores do dengue, especialmente o A. aegypti . Apesar do fortalecimento dos programas de controle, no Brasil os índices vetoriais permanecem elevados em todo o país e não tem sido possível evitar a disseminação do dengue. No cenário atual, de crescimento populacional exacerbado, condições inapropriadas de habitação, principalmente pela falta de água encanada, há uma tendência no aumento da utilização de recipientes artificiais com água para a realização das atividades domésticas, com isso, aumenta também a oferta de potenciais criadouros do A. aegypti e do A. albopictus . Considerando a situação epidemiológica do dengue e a recente dispersão do A. albopictus no Estado do Maranhão, propõe-se nesse trabalho o levantamento dos índices larvários e a frequência da população de imaturos de A. aegypti e A. albopictus na cidade de Caxias, MA. |
METODOLOGIA: |
O estudo foi realizado na cidade de Caxias-MA, que possui clima tropical, muito quente e sub-úmido. Apresenta duas estações definidas: seca e chuvosa. Foram realizadas visitas domiciliares, com vistorias dos imóveis sorteados no peri e intradomicílio, utilizando-se a metodologia da FUNASA. Foram sorteados cinco bairros (Seriema, Fazendinha, Vila São José, Baixinha, João Viana). Realizou-se coletas em parceria com os Agentes de Saúde que atuam no Controle do Dengue na cidade. Foram examinados todos os recipientes que mostrarem potencial para o desenvolvimento de A. aegypti e/ou A. albopictus. Quando encontrados imaturos estes foram coletados com auxílio de pipetas plásticas, e em seguida foram acondicionados em tubos de hemólise de 10 ml, contendo álcool 70%, identificados com etiquetas contendo os dados de localização e o tipo de recipiente, sendo as amostras encaminhadas ao Laboratório de Entomologia Medica. Os espécimes foram identificados ao microscópio de luz utilizando a chave dicotômica proposta por Consoli e Lourenço de Oliveira. Os depósitos positivos para formas imaturas foram classificados em grupo: Vasos, frasco, pneu, material de construção e peças de carros, armazenamento, fixos, outros. |
RESULTADOS: |
Nos cinco bairros foram coletados 1.099 imaturos com, 1.082 (98,46%) A. aegypti e 17 (1,54%) A. albopictus. Dos 3.681 recipientes analisados, 53 (7,06%) foram positivos para pelo menos uma das espécies. Verificaram-se criadouros de A. aegypti nos cinco bairros de pesquisa, sendo predominante o peridomicílio com 50 (94,34%) recipientes positivos. No intradomicílio a produtividade foi menor com apenas 3 (5,66%) recipientes positivos. Dos setes grupos, armazenamento e pneus mostraram-se positivo para A. aegypti. Em relação ao A. albopictus, apenas o grupo armazenamento mostrou-se produtivo, o que pode estar relacionado com a falta de água constante no bairro, o que favoreceu uma maior frequencia de formas imaturas nesses depósitos, que adquirem uma grande importância como criadouros potenciais, devido à necessidade da população de manter reservatórios de água para consumo doméstico. |
CONCLUSÃO: |
Conclui-se que as duas espécies encontram-se dispersas por toda a cidade de Caxias-MA, ocupando apenas criadouros nos grupos armazenamento e pneus. Observou-se uma maior frequência de A. aegypti no peri e intradomicílio, enquanto A. albopictus ocupa indistintamente os ambientes peridomiciliares. |
Palavras-chave: Dengue, Levantamento, Criadouros. |