G. Ciências Humanas - 5. História - 9. História Social |
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A COMUNIDADE DE VINHAIS VELHO/SÃO LUÍS-MA AMEAÇADA PELA VIA EXPRESSA |
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Antonia da Silva Mota UFMA
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1. Profa. Dra. Antonia da Silva Mota - Depto de História - UFMA
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INTRODUÇÃO: |
O objetivo deste trabalho é relatar o caso da agressão sofrida pela Comunidade de Vinhais Velho/São Luís-MA com as obras da Via Expressa. No Maranhão, trata-se de um caso muito comum: o governo autoritário ligado à oligarquia Sarney, que domina o Estado por cinco décadas, avançar de forma violenta sobre os direitos das comunidades tradicionais. O processo está em curso, o governo destrói reservas de mata nativa e expulsa através de mandados de desapropriação comunidades de ocupação secular, os atingidos resistem através de dos moradores ameaçados de despejo, alguns parlamentares comprometidos e entidades comunitárias e de classe. |
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METODOLOGIA: |
A metodologia usada foi a observação direta, com participação nas reuniões dos moradores ameaçados de expulsão e dos que lhe são solidários. Também realizamos pesquisa histórica em arquivos, comprovando a ocupação da área por pelo menos quatrocentos anos. Jornalistas fizeram reportagens sobre o caso, entrevistando moradores e fotografando o impacto das obras sobre o entorno da vila. O IPHAN também fez diligência na área, onde o arqueólogo encontrou artefatos de outras épocas. |
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RESULTADOS: |
Descrição e discussão dos resultados obtidos. Infelizmente, o caso da comunidade de Vinhais Velho não se constitui exceção. No Maranhão, o capital nas últimas décadas tem investido de forma violenta sobre as comunidades tradicionais. A busca de metais no subsolo, a especulação imobiliária por grandes construtoras, envolvendo obras estruturantes tendem a passar por cima das inúmeras comunidades tradicionais ainda existentes na região. Derrubam a mata que complementa a renda destas famílias, expulsam os moradores com indenizações irrisórias, a quem não resta alternativa a não ser a compra de um barraco nos bairros periféricos de São Luís. |
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CONCLUSÃO: |
Como resultado, desaparecem saberes, práticas tradicionais, modos de vida integradas com o meio-ambiente e comunitariamente, desarticulando, por conseguinte, as famílias, as crenças, os valores humanos. As instituições tornam-se mais frágeis, possibilitando o surgimento da sociedade de consumo, com a perda da identidade, dos vínculos familiares, comunitários. |
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Palavras-chave: Comunidades Tradicionais, Capitalismo, Maranhão. |