64ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 5. Matemática - 6. Matemática
OFICINA DE MATEMÁTICA FINANCEIRA UTILIZADA COMO RECURSO DIDÁTICO
Rúbia Araújo Pessoa de Albuquerque 1
Cynthia Waléria de Melo Silva Rodrigues 2
Danielle Loureiro Roges 3
1. Depto de Matemática, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
2. Depto. Ciências Biológicas, UFPE
3. Profa. Me/Orientadora – Depto. De Matemática, UFPE
INTRODUÇÃO:
A realização de Oficinas nas escolas é uma ferramenta eficaz na interação entre alunos, apropriação de conhecimentos e também como método de visualização do conteúdo abordado na sala de aula. Como a Matemática Financeira é uma área de grande dificuldade para o alunado, a utilização de oficinas como recurso didático ajuda o aluno a aprender de maneira simples e lúdica beneficiando assim seu aprendizado. A aplicação de novos recursos na educação como apoio didático deve ser pensada e desenvolvida objetivando o aprimoramento desse processo. No dia-a-dia o uso de cálculos financeiros é corriqueiro e, alinhado a isso, a realização de uma feira de troca e vendas como oficina auxilia no ensino e aprendizagem, fazendo com que o nível de curiosidade chegue a um patamar bastante significativo na construção do conhecimento. Este trabalho teve como objetivo a aplicação da Oficina de Matemática Financeira como recurso didático para melhor discernimento de áreas da Matemática consideradas complexas.
METODOLOGIA:
A metodologia foi planejada com o objetivo de auxiliar os alunos na prática de compra, venda e troca de produtos, além de abordar, de forma lúdica, os conteúdos vistos em sala de aula. Inicialmente foi realizada uma reunião com os bolsistas do PIBID/Matemática e supervisoras que atuam na Escola Estadual Joaquim Xavier de Brito, localizada em Recife-PE, para o planejamento e elaboração da oficina. Foram criadas três moedas, “Kinho”, “Xavié” e “Chico”, com valores específicos, utilizadas no cálculo de câmbio, simulando um ambiente de Bolsa de Valores. O PIBID/Matemática adquiriu artigos de papelaria, bomboniere e jogos matemáticos que serviram de consumo durante a realização da feira que compunha a principal atividade da Oficina. A atividade realizada com alunos do 7°ano teve como objetivo revisar termos e conteúdos que os alunos apresentavam mais dificuldade, facilitando assim a construção do conhecimento. A oficina consistiu em dividir a turma em três equipes, onde foram passadas questões com cálculos financeiros que, a partir dos acertos das questões, as equipes conquistariam as moedas para a realização da atividade. As questões respondidas erradas foram lidas novamente e explicada para não deixar dúvidas acumuladas. Os recursos didáticos utilizados foram: quadro e piloto.
RESULTADOS:
A oficina como recurso didático trouxe um resultado positivo em sala de aula, pois auxiliou na compreensão e revisão de conteúdos considerados problemáticos na área da matemática. A utilização das moedas fictícias foi uma ideia bem aceita pelos participantes e colaborou bastante para a visualização do cálculo do câmbio, fazendo uma relação com moedas de outros países, com o dólar e o euro. Foi possível observar uma grande participação dos alunos com perguntas sobre o assunto, tirando dúvidas durante a realização dos cálculos necessários e interagindo bem na atividade da feira de compra, troca ou venda dos artigos.
CONCLUSÃO:
Tendo em vista que a realização de oficinas como atividade extraclasse tem apresentado resultados positivos, os professores necessitam rever suas estratégias de ensino procurando dinamizar suas aulas através da utilização desses recursos didáticos lúdicos que atraem a atenção e interesse dos alunos. Os professores, obtendo um maior espaço e tempo na prática pedagógica, podem melhorar a relação ensino-aprendizagem com o aluno e, com essas bases inovadoras, suprimir o tradicionalismo que ainda reina na transmissão e construção do conhecimento.
Palavras-chave: Oficina, Financeira, Câmbio.