64ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 4. Parasitologia Geral |
ANÁLISE DE RESULTADOS DE EXAMES PREVENTIVOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO ANO DE 2009 |
Yonna Costa Barbosa 1 Maíra Francy Anchieta Scrivener 2 Juliana de Freitas Góes 3 Maria Ísis Freire de Aguiar 4 Poliana Pereira Costa Rabêlo 5 Isaura Letícia Tavares Palmeira Rolim 6 |
1. Discente da Universidade Federal do Maranhão, integrante do Programa de Educação pelo Trabalho- PET Saúde/ Saúde da Família/UFMA. 2. Enfermeira. 3. Enfermeira. Preceptora do Programa de Educação pelo Trabalho- PET Saúde/ Saúde da Família/UFMA. 4. Profª. Ms./ Orientadora - Depto de Enfermagem - UFMA. Tutora do Programa de Educação pelo Trabalho- PET Saúde/ Saúde da Família. 5. Profª. Ms./ Orientadora - Depto de Enfermagem - UFMA. Coordenadora do Programa de Educação pelo Trabalho- PET Saúde/ Saúde da Família. 6. Profª. Dra./ Orientadora - Depto de Enfermagem - UFMA. |
INTRODUÇÃO: |
O câncer do colo do útero é uma afecção progressiva de crescimento lento e silencioso. O rastreamento é realizado através do exame preventivo, também denominado de exame citopatológico, ou ainda de exame de Papanicolaou, que permite sua detecção precoce e a pesquisa de agentes infecciosos. As inflamações e/ou infecções vaginais constituem uma das principais causas de queixas em mulheres que procuram clínicas ginecológicas; sendo que, podem ser sintomáticas ou completamente assintomáticas. O exame preventivo deve ser realizado prioritariamente nas mulheres a partir dos 25 anos de idade até os 64 anos. Necessita-se aumentar a cobertura da detecção precoce do câncer do colo do útero para que haja redução na mortalidade e no número de casos novos, nesse sentido a atenção primária tem papel fundamental. Considera-se a relevância deste estudo, uma vez que, possibilitará a criação de políticas públicas voltadas para a população feminina, fortalecendo-se as estratégias de prevenção primária (uso de preservativo) e secundária (diagnóstico e tratamento precoce), que podem permitir o controle das afecções ginecológicas. Objetivou-se descrever a frequência dos resultados dos exames de citologia oncótica coletados em uma unidade básica de saúde no ano de 2009. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de um estudo documental, retrospectivo com abordagem quantitativa. Foram analisados os resultados dos preventivos de mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde localizada em São Luís - MA, realizados do período de janeiro a dezembro de 2009. A coleta de dados foi realizada no Laboratório Central do Município, a partir do livro de laudos de exames citopatológicos referentes à Unidade Básica de Saúde. O banco de dados foi elaborado no programa Epi Info® 2008, versão 3.5.1. Foram analisados 1150 resultados de exames preventivos. A pesquisa foi autorizada pela Superintendência de Educação e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de São Luís. |
RESULTADOS: |
A idade das mulheres compreendeu dos 14 aos 89 anos, sendo que a faixa etária que realizou maior número de exames compreendeu dos 25 aos 35 anos (30,3% do total); seguida pela faixa etária dos 36 aos 46 anos (25,2% dos exames); sendo que, a faixa etária dos 14 aos 24 anos obteve percentual significativo do total de exames (19,7%); em seguida observou-se um decréscimo no número de exames de Papanicolaou a partir da faixa etária dos 47 aos 57 anos (15,2%). Concernente a análise microbiológica dos resultados dos exames de citologia oncótica houve maior frequência de Cocos (39,5%), seguido de Bacilos (34,3%), Lactobacillus sp. (26,2%), Gardnerella vaginalis (22,8%), Candida sp (11,8%), NIC I (1,7%), Trichomonas vaginalis (0,8%), e NIC II e III (0,1%). Ressalta-se que o trato genital feminino possui um mecanismo de defesa natural contra microrganismos patogênicos, que se caracteriza pela presença de Lactobacillus sp em sua microbiota. Lactobacillus sp; Cocos; e outros Bacilos são achados microbiológicos considerados normais, uma vez que, compõem a microbiota vaginal. Quando há um desequilíbrio na microbiota vaginal, microrganismos patogênicos proliferam-se, o que levará a infecções cérvico-vaginais. Pesquisas indicam que vaginites e vaginoses podem facilitar a infecção pelo HPV, o que se relaciona ao com o câncer do colo do útero. |
CONCLUSÃO: |
A prevalência de agentes patológicos e de lesões intra-epiteliais mostraram-se relevantes e desafiadoras neste estudo. Assim necessita-se adotar medidas preventivas, que incentivem a realização do exame de Papanicolau. Necessita-se de profissionais qualificados e de um sistema de saúde acessível às mulheres integrado entre os níveis de assistência à saúde. O conhecimento dos resultados de exames preventivos oferece aos profissionais a oportunidade de fundamentar suas ações, e contribuir para a qualidade da assistência da saúde da mulher. |
Palavras-chave: Teste de Papanicolau, Análise de Resultados, Saúde da mulher.. |